Professores da rede estadual decidem manter greve | ||
Os professores da rede estadual de ensino, em greve desde 11 de abril,
decidiram em assembleia realizada nesta quarta-feira (2), na Assembleia
Legislativa, pela permanência do movimento paredista liderado pelo
Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB).
De acordo com a APLB, será realizada amanhã, na Praça da Piedade, em
Salvador, uma feira, que segundo o sindicato, servirá para arrecadar
fundos para a manutenção do movimento. A próxima assembleia será
realizada na segunda-feira (7), também na ALBA.
Os docentes reivindicam o cumprimento do piso salarial, instituído pela
Lei nº 11.738/2008. O líder do governo e deputado estadual, Zé Neto
(PT), explicou que no momento da instituição do piso único para os
professores da rede pública, foi estabelecido como critério de reajuste o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que previa ganhos acima
da inflação, mas que um recurso impetrado pela deputada federal Fátima
Bezerra (PT-RN), modificou o critério para o valor aluno, que estipulou o
reajuste para 22,22% para o ano de 2012. “Estamos vivendo esta
dificuldade, a reclamação dos professores é legitima, mas amargamos uma
greve de um assunto que vem de fora, não é do estado a criação deste
índice. Não há descumprimento de acordo”, disse.
O deputado lembrou que o acordo cobrado pelos professores foi costurado
no dia 11 de novembro de 2011, sem nenhuma reclamação da categoria, e o
projeto de Lei para o piso dos professores do estado foi aprovado no
dia 24/11. No dia 15/12, a deputada federal potiguar deu entrada no
recurso, alterando a Lei nº 11.738/08. “Foi um acordo comemorado,
discutido em uma mesa, dando 7% de ganho real (acima da inflação)”,
declarou Zé neto.
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