COPA DO MUNDO: SMTT E ABUSO DE PODER EM FEIRA
Meus amigos o velho hábito que a elite brasileira sempre tive de esculhambar nosso país virou sinônimo de politicamente correto..O complexo de vira-lata de muitos se impôs como regra.
Essa foi à reação de grande parte dos taxistas de Feira de Santana tiveram ao serem abordados por representantes da Secretaria de Trânsito e Transporte do município, proibindo que qualquer adesivo ou plotagem seja realizada nos taxis sobre a copa do Mundo.
Inclusive alguns com plotagem já implantadas nos carros, foram obrigados a retirarem sob ameaça dos mesmos serem apreendidos.
O secretário em entrevista recente alegou que as plotagens alteravam as características dos veículos e que era proibido pelo Contran.
A indignação dos taxistas está sendo muito grande, a lei nacional determina que até 50% pode ser plotado, o que não está cumprido pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte de Feira de Santana.
Para surpresa de muitos diversos veículos na cidade apresentam plotagem de 100% de sua carroceria e prepostos da SMTT nada fazem para punir essa irregularidade.
Alguns taxistas denunciaram o fato ao jornalista Sérgio Jones, integrante da equipe do programa Jornal da Povo, da Rádio Povo de Feira de Santana, emissora que pertence ao Sistema Pazzi de Comunicação, inclusive estavam temerosos pelas ameaças recebidas, poderiam ter seus veículos apreendidos pela SMTT.
Esse fato nunca aconteceu durante período de Copa do Mundo no município, foi uma atitude inusitada e os comentários estão sendo profundamente desabonadores para o governo municipal.
Um taxista que pagou R$180,00 pela arte e plotagem de uma bandeira do Brasil no Capô do seu taxi, foi obrigado a retirar imediatamente para não ter seu veículo apreendido.
O velho hábito que grande parte das elites sempre teve em ridicularizar e desqualificar nosso país virou sinônimo de politicamente correto.
O complexo de vira-lata de muitos se impôs como regra, sem levar em consideração os vários indicadores econômicos e sociais de terem melhorado substancialmente nos últimos dez anos.
A Rede Globo que até pouco tempo sabotou o evento no que pôde, por motivos políticos, deu uma pausa porque identificou o momento de faturar.
E nesse exato momento assume outra estratégia, incentiva a torcida dizendo: 'juntos num só ritmo'.
Fora algumas exceções, não há ruas enfeitadas, paredes pintadas, bandeiras penduradas. Muitos brasileiros que sempre respiraram futebol estão sufocados no ódio e vergonha que o seu país passa diante das nações que estarão disputando a Copa do Mundo.
Por conveniência, a grande mídia, ou melhor, a Rede Globo, resolveu dar uma trégua em sua ofensiva baixo-astral e passou a louvar a brasilidade que ela mesmo tem boicotado.
Entretanto essa situação tem prazo de validade. Terminando a Copa, a agenda do caos será retomada para as eleições de outubro.
Mesmo com os protestos anti-Copa diminuído em número de participantes, o discurso de indignação com os gastos realizados em detrimento dos setores de saúde e educação continua como um mantra.
De repente, todo brasileiro se transformou em comentarista político, indignado com "tudo isso aí". Mas não é bem assim.
Avaliamos que para satisfação da mídia, essa indignação é seletiva.
Por exemplo, a sonegação fiscal anual de R$ 415 bilhões em nosso país não lhe causa veemente repulsa. São 15 Copas que todo ano são sonegadas pelas nossas grandes empresas.
Dinheiro que deveria ser investido na educação, saúde, transportes e outros serviços, mas que é desviado direto para o bolso de alguns poucos afortunados.
Cadê a indignação da Rede Globo e dos manifestantes - contratados - será que essa situação não merece uma grande reportagem de denúncia?
Só como exemplo: A empresa Globopar, ligada à TV Globo, no período de 2011 a 2013 foi notificada 776 vezes pela Receita Federal por sonegação fiscal.
Na Copa do Mundo de 2002 a empresa sonegou a compra dos direitos de transmissão, que em valores atualizados, o montante ultrapassa a casa de R$ 1,2 bilhão - Sonegação padrão Fifa.-, e até hoje não se tem notícia de que o pagamento foi realizado.
E agora, em Feira de Santana a SMTT exerce um poder arbitrário contra os taxistas que homenageiam a Copa do Mundo e o país.
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