Com grande repercussão na mídia dessas bandas, o jornal New York Times, em editorial de capa, escreveu que “o Brasil é medalha de ouro em corrupção”.
Não levou 24 horas e o país demonstra que é mesmo campeão nesta modalidade, ao dar a resposta na manhã desta terça feira, num abalo quase sísmico. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou de uma só vez, pedidos ao Supremo Tribunal Federal para levar à prisão o presidente do Senado, Renan Calheiro, o ex-presidente da República, José Sarney, o senador Romero Jucá e, para completar o quarteto, o presidente afastado da Câmara pelo próprio STF, Eduardo Cunha, que continua dando ordens aos seus comandados. O pedido de prisão feito por Janot de certo modo chocou, mas positivamente, a opinião pública. Não se esperava tamanho impacto.
É exatamente o que o New York Times escreveu em relação à medalha de ouro da corrupção que o país tem demonstrado. O impacto que o procurador-geral da República agora impõe, está moldado na sua coragem para corrigir a terrível fase que o país atravessava (ou ainda atravessa) e dela terá que sair. O procurador toca nos grandes da República, principalmente em Sarney que deve ter tomado um susto que jamais imaginaria, seja na condição de ex-presidente, de ex-comandante em chefe do Maranhão, e de político que esteve sempre no auge. Precisava-se que algo assim acontecesse para se estabelecer uma mudança que nunca houve. Trata-se, portanto, de uma nova fase da democracia, que dá um giro de, no mínimo, 180 graus.
O mesmo o abalo sísmico que esta no início deste comentário. Os corruptos que nunca dantes tinham se encolhido, agora terão medo, exatamente porque o país está em processo de mudança. Os corruptos, portanto, temerão. Se cai Sarney (Renan Calheiro, Eduardo Cunha e Jucá já eram esperado) como não apostar nesta mudança? Não só parte do procurador-geral, Rodrigo Janot, mas também da força da Operação Lava-Jato que o quarteto corrompido procurou caminhos para derrubar. Não deu certo. Agora se espera que o Brasil siga em frente. O caminho chega através da Lava-Jato.
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