Polícia prende casal acusado de estuprar e matar a filha de 3 anos
A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu mandado de prisão, na manhã desta quinta-feira (2), contra um casal acusado de violentar sexualmente e espancar até a morte a própria filha, de apenas três anos de idade em São Sebastião (DF).
De acordo com informações da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), eles cometeram o crime em novembro do ano passado, na casa da família.
Depois de receber atendimento emergencial no hospital, a criança apresentou lesões pelo corpo e nos órgãos genitais provocadas por golpes violentos que foram a causa da morte.
Na delegacia, os acusados negaram a autoria do crime e culparam uma cuidadora que teria tomado conta da criança no dia da morte. Aos prantos, a mãe afirmou que, quando o casal chegou em casa, encontrou a menina com febre e a levou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Sebastião.
— Tudo que eu queria era que encontrasse quem fez isso com a minha filha. Desci atrás com os documentos dela, ai fui eu e meu marido levar ela para a UPA. Só Deus sabe o que eu passei com a perda da minha filha, e ainda sou acusada de assassina? Quem me conhece sabe que eu não sou essa monstra que tão pensando que eu sou.
Segundo o pai, a filha era cheia de saúde, brincava demais, mas por conta do trabalho, tiveram que deixar a criança na creche que ele acusa como responsável pela morte da menina. Ele diz que a criança voltou diferente da cuidadora no fim do período.
Entretanto, por meio das investigações e do laudo cadavérico, o delegado da 30ª DP André Leite constatou que o espancamento e os atos de abuso sexual ocorreram horas antes do momento em que o casal levou a criança para a UPA, num dia em que ela não esteve com a cuidadora.
— Laudo foi enfático em apontar que a vítima sofreu espancamento, ação de instrumento contundente, horas antes da morte. Casal queria nos fazer crer que ela teria sido espancada na creche onde recebia cuidados, mas a última passagem dela na creche foi na quinta, e ela morreu no domingo. Os vizinhos também contaram relatos de gritos de dor da criança e barulhos de espancamento vindos da casa deles.
Eles responderão pelos crimes de tortura e homicídio duplamente qualificado, e o pai também será acusado por estupro e podem pegar até 30 anos de prisão, se condenados pela Justiça. O casal tinha outra filha mais nova que, segundo o delegado, foi encaminhada para o IML (Instituto Médico Legal) para checar se ela também era vítima de violência e, em seguida, vai para o conselho tutelar.
Vanessa Lima / TV Record Brasília
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