Metade das brasileiras inicia a vida sexual aos 16 anos, diz estudo
Metade (53%) das mulheres inicia a vida sexual entre 16 e os 18 anos no Brasil. A pesquisa, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou ainda que para 62% das entrevistadas, o tema “virgindade” não é mais um tabu. Segundo o estudo, porém, 60% delas ainda têm vergonha de falar sobre sexo e contracepção e o principal motivo apontado para isso é por ser um assunto “muito íntimo” (44%). Mesmo assim, três em cada dez jovens afirmaram já ter tido uma conversa positiva sobre sexualidade com os pais ou responsáveis.
Cuidados – Entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, estão praticamente empatadas a camisinha (35%) e a pílula anticoncepcional (34%). Já 13% das entrevistadas declararam optar pelos contraceptivos de longa duração, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o implante. Os números indicam ainda que 77% das mulheres têm o hábito de ir ao ginecologista.
Gravidez – De acordo com a pesquisa, 81% das mulheres conhecem alguém que engravidou antes dos 16 anos. Para 45% das entrevistadas, o principal motivo para a gravidez não planejada é “irresponsabilidade”. Outras 26% dizem que a principal causa é o esquecimento ou uso incorreto do método contraceptivo escolhido.
Afonso Nazário, professor do Departamento de Ginecologia da EPM-Unifesp, explica que, para não engravidar, é preciso, claro, combinar camisinha e pílula ou DIU. “Há um pouco de confusão entre as adolescentes. Elas enfatizam a camisinha, mas se não querem engravidar devem usar outro método contraceptivo em conjunto. Isso precisa precisa ser reforçado sempre entre os jovens. Há tantas adolescentes engravidando de forma não planejada no Brasil”, explicou o ginecologista.
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