Preocupada com os conteúdos ofensivos de alguns sucessos musicais da atualidade, especialmente no que se refere ao reducionismo e desqualificação da mulher, a deputada Luíza Maia (PT) apresentou projeto de lei que proíbe o uso de recursos públicos para contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento.
O projeto, co-assinado pelas deputadas Maria Luíza Carneiro (PSC), Maria del Carmen (PT), Cláudia Oliveira (PTdoB), Fátima Nunes (PT), Ivana Bastos (PMDB), Neusa Cadore (PT), Kelly Magalhães (PCdoB), Graça Pimenta (PR), Ângela Sousa (PSC), Maria Luiza Laudano (PTdoB), prevê punição para os gestores públicos que descumprirem a lei com multa de 10 mil Ufirs.
A receita arrecadada com as multas será revertida para entidades que atuem na proteção dos direitos das mulheres.
Para que a ação possa ser executada, o projeto determina que a Secretaria estadual de Políticas para Mulher – SPM apresentará anualmente um relatório com nomes de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias atentem contra a dignidade da mulher. "Os recursos oficiais devem ser utilizados para garantir a apresentação de manifestações artísticas, sem que haja dano a absolutamente ninguém. Quem dirá às mulheres, maioria da população e donas de formidáveis contribuições para o desenvolvimento da nação", justificou a deputada.
Luiza Maia disse que o país vive um momento especial, em que o Estado, ao ter criado espaços institucionais para as mulheres e lançado mão de plano de políticas públicas de gênero, assumiu para si a responsabilidade de eliminar de fato as desigualdades. "Além do mais, existem tantas outras formas lúdicas e criativas de celebrar a alegria sem colocar o ser feminino de forma pejorativa", completou a deputada petista
PAGODEIROS CONTESTAM
Depois do cantor Igor Kanário, da banda A Bronka, puxar um coro de protesto durante a gravação do DVD do grupo, domingo (24) em Camaçari - principal reduto eleitoral da petista - agora é a vez de Robyssão, vocalista da Black Style. O líder da banda, conhecida pelas letras picantes “Perereca Pisca”, “Rala a Xana no Asfalto” e “Rala a Tcheca no Chão”, acredita que a parlamentar está usando o pagode para ganhar mais projeção. Em entrevista ao site Bahia Notícias, Robyssão garante que a deputada ficou conhecida depois do projeto que proíbe a contratação de artistas que cantem músicas com letras ofensivas as mulheres. ”Onde você vai todo mundo conhece a deputada Luiza Maia”, atesta. Robyssão teme que esse processo de 'perseguição' deflagre uma situação maior que descambe para a censura.
A Constituição de 1988, votada pela Assembleia Constituinte em 03 de Agosto conseguiu extinguir a Censura no Brasil, vemos infelizmente na Bahia a reedição da Lei da Censura. O pagode está inserido na cultura baiana como as letras de duplo sentido dos sambas de roda do reconcavo baiano.
Vale lembrar que não existiu nenhuma manifestação masculina quando a Cantora Kelly Key cantava ofensivamente:
"Você gosta de mandar,
Você só me faz sofrer,Você só sabe gritar
E grita sem saber,
Mas sem mim você não vive,
Sem meus cuidados, amor
Fala baixinho comigo
A sua dona chegou...
Vem aqui que agora eu tô mandando,
Vem meu cachorrinho, a sua dona tá chamando"
pergunte essa deputada se ela nao tem mais oque fazer como por exemplo criar um projeto de insentivo a cultura nas escolas ou projeto que torne obrigatorio o pagamento de direitos autorais aos compositores pois nem sempre isso e feito pelos meios de comunicaçao em massa, ou porque ela nao corra atraz para que as escolas da bahia, tenha tenha seus recursos recebidos e fiscalisados,, MAIS ISSO AI DA TRABALHO NE, entao vamos proibir que e mais facil ao inves de tentar educar para que talvez melhore o vocabulario...
ResponderExcluirEnfim este assunto chegou ao meio político, que é a instância com poder para interferir mais eficazmente em todos os âmbitos sociais. Parabéns à deputada! Pois, não basta ser "cultura" para valer a pena ser "cultivada", se esta emerge para desvalorizar o nosso povo temos mesmo é que negá-la. E, para quem sugere que a deputada INCENTIVE a cultura nas escolas este projeto de lei aponta para isto, trata do respeito que se deve ter com o próximo e muito outros benefícios que não cabe discutir neste pequeno espaço. Portanto, na verdade, vemos neste projeto um serviço à educação. E, por sinal, considerando que apenas evitará a contratação desses "artistas" que ganham para apresentar manifestações culturais que degradam e desvalorizam a mulher, ainda esta sendo muito light. Afinal, usar dinheiro público para este desserviço, realmente, é inadmissível.
ResponderExcluirEu, enquanto mulher e historiadora, parabenizo a DEPUTADA, pelo brilhante projeto, uma vez que a ofensiva à mulher nessa "coisa" que chamam de música, não é percebida infelizmente pelas massas, uma vez que se tornou tão habitual esse tipo de depreciação que tanto homens quanto mulheres acabam achando natural esse tipo de agressão; e ignorantemente chegam até a postar comentários sem quaisquer analises criticas da situação vigente, sendo assim eu enquanto analista social, de gênero e etnica, deixo aqui registrado, a satisfação de ver neste carnaval de 2012 uma sensivel melhora nas letras da músicas, no tocante a referida discussão...MAIS UMA VEZ PARABÉNS DEPUTADA!
ResponderExcluirPara quem acha que a deputada Luiza Maia não tem mais o que fazer, vai um comentário... Sabe o motivo de ir contra o projeto? É por que nunca viu uma mulher ser brutalmente espancada por causa disse, um negro ser morto devido as essas musicas de um baixo nivel cultural, falar é fácil, falar que existe corrupção, o que politico não faz nada além de roubar, mas quem critica assim, na maioria das vezes, se esqeuce que é o povo que os coloca lá no poder... Eu apoio o projeto e fique muito grata por ele ter virado lei! Como fazer projetos envolvendo o incentivo da cultura nas escolas publicas se os proprios alunos estão envoltos nesse mundo de musicas que os diz a todo instante como não fazer o bem, caso alguém que e contra não tenha reparado que o pagode precisa ser parado, vai uma musica muito ofensiva e de falta de respeito à mulher, "Bota na geral", se alguém em sã consciência parar para analisar essa musica irá perceber que se trata de um ESTUPRO COLETIVO a uma mulher por ela ter usado a fama do cara pra se dar bem, já imaginou como seria se as pessoas realmente fizessem isso? Seria um absurdo, um estupro coletivo, se é isso que querem passar aos seus filhos e netos, muito bem, passem, mas não se esqueçam que é por causa desses eventos que o mundo está do jeito que está. Se queremos melhorar o nosso país devemos começar por onde mais influencia, e depois tomar niveis maiores... Eu apoio o projeto, apoio pois quero um mundo melhor para as futuras gerações!
ResponderExcluir