Deputado diz que "viu estrelas" no exame de próstata
No final da tarde de ontem , o deputado estadual Manoel Isidório de Santana (PT), mais conhecido como Sargento Isidório, 43, ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa da Bahia para fazer um discurso contra o toque retal, utilizado pelos médicos no exame de próstata.
"Até agora estou vendo estrelas, graças à virulência do médico", contou o deputado, um dos líderes da maior greve feita pela polícia baiana, em 2001.
Parlamentar folclórico --costuma ir às sessões carregando um botijão de gás, cujo preço prometeu baixar se fosse eleito --, Sargento Isidório disse em seu discurso que não é machista. "Pensava que era de uma outra maneira. Mas, da maneira que o médico me tratou, a maneira que foi introduzido aquele dedo, foi horrível. Quase que desmaio, não aceito", saí de lá com o olho cheio de vaga-lume", disse o deputado.
Mais à frente, Sargento Isidório disse que o exame feito em "pessoas menos esclarecidas" ainda é pior. "Se faz isso com um deputado, imagine com pessoas que não têm esclarecimento. Imagine com um sem-terra, com um desempregado."
Paralelo ao seu discurso, o deputado fez questão de mostrar com gestos e gritos como foi o seu exame. "O médico chegou e foi colocando o dedo. É angustiante para um pai de família, principalmente com a minha idade, passar por isso", disse. Em seguida, o deputado acrescentou que a medicina tem o dever de encontrar uma outra fórmula para o exame. "A ciência está aí querendo fazer até gente igual, criando tudo que é coisa. Tem de haver outros métodos."
O deputado Targino Machado (PMDB), que é médico, em aparte, lembrou que existe outra fórmula para o exame, o PSA (exame de sangue usado para diagnosticar câncer de próstata). "Todo homem civilizado, depois dos 40 anos, deveria fazer o exame. Mas, deputado, por melhor que seja, o PSA não é totalmente eficiente. Então, temos de fazer o toque retal mesmo", disse
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