domingo, 10 de novembro de 2013

DEM, PMDB e PSDB divergem sobre momento certo para bater martelo e escolher candidato na Bahia

O presidente do PMDB na Bahia e pré-candidato ao governo do Estado, Geddel Vieira Lima, voltou a defender nesta quarta-feira (6) que a escolha do postulante, seja ela saída da chamada “união das oposições” ou não, deve ser definido logo após a escolha do candidato petista que disputará a sucessão em 2014. Nesta segunda (4), o peemedebista afirmou, em entrevista a uma rádio de Salvador, que o nome da oposição sairia até o próximo dia 15 de dezembro, caso os petistas e seus aliados batam o martelo até o final de novembro, como já foi prometido. De acordo com Geddel, em entrevista ao Bahia Notícias, a escolha tardia do nome poderá acarretar prejuízos. “Na política eu aprendi, desde muito cedo, duas coisas importantíssimas: fato novo e fato consumado. Surgiu um fato novo. O governo anuncia que, ao final de novembro, estaria colocando o nome que vai representá-lo na corrida eleitoral. Diante deste fato novo, a estratégia da oposição muda. Não dá para esperar até fevereiro. Correremos o risco de vocês colocarem aí como título das suas matérias que: ‘Enquanto Rui Costa corre pela Bahia, oposição bate cabeça’.”, afirmou Geddel, em referência à possível escolha do nome do secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, como candidato para disputar o pleito sucessório no ano que vem.


Entretanto, PSDB e DEM têm opiniões diferentes da tese do líder do PMDB estadual sobre quando e qual rumo tomar. “O consenso, com exceção de Geddel que quer antecipar um pouco, é que seja para março [de 2014]. Agora não é o momento de anunciar qual é a chapa e quem será o candidato. Nós lutamos por um ideal: uma Bahia melhor. Estamos trabalhando, viajando e elaborando projetos. Depois, aglutina todo mundo e vamos fazer a campanha no ano que vem”, defendeu o pré-candidato tucano e ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto. Já na avaliação do presidente do DEM baiano, deputado Paulo Azi, todos devem sentar para discutir as possibilidades pós-anúncio do nome petista, antes de tomar qualquer decisão, seja em dezembro ou só em março de 2014. “Sempre foi tradição na Bahia que anúncio de candidatura só se daria, e sempre se deu, no mês de abril [do ano da eleição]. Nas nossas discussões internas, inclusive vamos levar para os outros partidos, achamos que nós devemos nos reunir logo após o anúncio da chapa do PT para avaliarmos a conveniência de se antecipar a nossa definição ou se trabalhar com a hipótese para depois do carnaval, porque abril não é um prazo que se sustenta mais”, disse o democrata. Apesar das divergências, ambos reafirmaram que todas as pré-candidaturas já postas são “legítimas” e que, pelo menos, a escolha de um nome para liderar uma possível chapa única ainda não teria ido por água abaixo.

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