sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Diretor de creche é preso acusado de abuso sexual


Tio Jonas negou as acusações e disse que está sendo acusado injustamente. Ele afirmou que quem trabalha com criança está sujeito a esse tipo de acusação, mas ressaltou que está com a consciência tranquila e que tudo não passa de um mal entendido.

 Diretor de creche é preso acusado de abuso sexual

Jonas Souza de Jesus, de 55 anos, Tio Jonas, diretor da Creche do Tio Jonas, em Feira de Santana, foi preso no final da manhã desta quinta-feira (20), acusado de abusar sexualmente de uma criança de 11 anos. A prisão foi efetuada por policiais civis da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), sob o comando da delegada Milena Calmon, que informou que há 20 dias a mãe da criança esteve na delegacia fazendo o registro de ocorrência e que após a informação, a polícia começou a investigar o caso.
“Foram colhidos alguns depoimentos e no mesmo dia a criança foi entrevistada por um psicólogo do CRAS, onde ela narrou com detalhes o abuso sofrido por duas vezes. Segundo ela, a primeira vez teria ocorrido em uma casa de praia do acusado, em Bom Jesus, e a outra aqui na cidade, quando ela estava aguardando a mãe chegar para levá-la pra casa. Com a demora da mãe, a criança ficou na casa de Jonas e nesse momento ele teria praticado pela segunda vez o abuso. Colhemos algumas provas e foi solicitada a prisão preventiva”, informou.

Segundo Milena Calmon, o depoimento da vítima na delegacia foi totalmente compatível com o que foi dito para o psicólogo do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). A delegada afirma que o estado emocional da criança chamou atenção quando ela chegou na delegacia com a mãe para registrar a queixa.

“É uma menina pequena, indefesa e pra que a gente conseguisse tirá-la do carro do Conselho Tutelar, tivemos que trabalhar por volta de 40 minutos. Ela estava assustada, com muito medo. E foi justamente esse medo que fez com que a mãe desconfiasse e chegasse a essa informação. Ela é aluna desde um ano e meio de vida. Após o abuso ela se recusou a ir para a creche. Ela chorava e gritava para não ir e diante disso, a mãe desconfiou, e a criança acabou falando porque não queria mais retornar para a creche. Para a polícia, o ato de fato ocorreu”, afirma a delegada.

Tio Jonas negou as acusações e disse que está sendo acusado injustamente. Ele afirmou que quem trabalha com criança está sujeito a esse tipo de acusação, mas ressaltou que está com a consciência tranquila e que tudo não passa de um mal entendido.
“Nunca fiz esse ato com nenhuma criança. Eu quero dizer que essa mãe pense bem no que fez. Vem até lágrimas nos meus olhos. É a primeira vez que estou passando por isso. Nunca fui preso, nunca cometi crime nenhum. Criança não mente, mas cria. Nunca fiz nada com essa criança que estava na creche desde pequena. Entrego a Jesus e vamos aguardar”, afirmou.

Tio Jonas confirmou que a criança realmente não estava indo pra creche e disse que conversou com a mãe para que retornasse a filha pra escola, para que ela não perdesse o benefício Bolsa Família. Ele afirma que, posteriormente, a mãe da menina o procurou pra dizer que tinha perdido o benefício e ele acredita que por esse motivo, ela pode ter feito as acusações.

“Chamei a mãe e pedi que ela mandasse a menina pra creche. Ela disse que ia colocar em outra escola. Eu aconselhei a matricular logo para não perder o Bolsa Família. Ela não matriculou e perdeu o benefício. Já fui alvo de uma mãe que pegou a própria filha de criação e disse que eu estava mantendo em cárcere privado. Depois descobri que a mãe da menina estava apaixonada por mim”, relatou.

Sobre a acusação do abuso ter ocorrido na casa de praia dele, Tio Jonas disse que há 29 anos sempre leva famílias para passar fim de ano e férias no local e que não leva crianças desacompanhadas.

“Nunca tive nenhum problema. Sempre é a família que leva os filhos e não eu. São 29 anos trabalhando, ajudando famílias, tirando crianças da rua, mas como nem Jesus agradou a todos, não será eu que vou agradar”, afirmou.

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade 

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