segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Kannário diz que este será o seu carnaval: 'Me desculpe Bell, mas chegou um Bell mais novo'
Depois de ser preso duas vezes e sofrer retaliações do público quanto à sua presença no Carnaval 2015, Igor Kannário conseguiu, através da Prefeitura de Salvador, se apresentar na segunda-feira da folia de momo. O cantor veio ao Bahia Notícias e conversou com a redação sobre esse convite, sua apresentação, futuro  e carnaval. "Estão me crucificando vivo, mas isso acabou", desabafou o cantor que ainda se mostrou confiante para o carnaval: "Me desculpe Bell, mas chegou um Bell mais novo. É a oportunidade que estamos esperando há vários anos. Sempre batendo na trave, mas chega um momento que é a hora".
 
Foto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias

Qual a sensação de conseguir sair no carnaval, com tantos pedidos?
 
Vitória, alegria, os melhores sentimentos possíveis, toda uma batalha, toda uma espera, uma esperança. O povo enlouquecido nas ruas querendo ver o Kannário na avenida. A gente ficou apreensivo com todas essas turbulências que aconteceram nos últimos momentos, mas Deus escreve certo por linhas tortas. No final do segundo tempo as coisas mudaram, e teve essa reviravolta, graças a Deus o prefeito abraçou a causa do povo, cedeu o espaço do Kannário no carnaval. E a gente vai representar e vai mostrar que a gente se respeita, que é um povo civilizado, que a gente sabe ser social, só precisa de oportunidade. E a gente vai mostrar isso no carnaval.

Você teve algum dedo nessa história dos fãs que pediram ao prefeito para você tocar no carnaval?
 
Não foi nada forçado, foi natural, foi uma osmose natural. Foi uma surpresa pra mim, porque eu não achava que era tão querido, sabe, pra mexer com uma população inteira, com a cidade, com governo, essas coisas. E então a ficha caiu pra mim, como caiu pras pessoas que desacreditavam da popularidade do Kannário, da força dos fãs do Kannário. Pensavam que era uma coisa passageira. Mais um artista com alguns fãs. E na verdade é além disso. É uma nação, é um cara que as pessoas de menos condições escolheram como espelho, como representante deles. Não é minha culpa. É Deus e o povo, eles que me escolheram, que me deram essa responsabilidade enorme de bater de frente com tudo isso aí. Mas por uma boa causa, as pessoas têm algumas visões e histórias criadas a respeito do Kannário que fugiram um pouco do controle. Mas a gente vai aproveitar todo esse momento, toda essa mídia, tudo isso que tá acontecendo para mostrar a verdadeira pessoa do Kannário. A gente só sabe a história do Kannário por terceiras e quartas e quintas pessoas, não sabe daqui. Hoje eu tô tendo a oportunidade de estar com vocês falando da realidade dessa luta, dessa batalha que é conseguir um espaço no cenário musical. Principalmente quando você vem de um lugar que não é muito bem visto por algumas pessoas da sociedade. Então é só agradecer a Deus e a todas as pessoas que tão me apoiando nesse momento, e prometo não decepcionar. Isso aí eu dou minha palavra, que vale mais do que assinatura. Prometo não decepcionar. 
 
Você acha que sofre perseguição das pessoas quando dizem que você e sua música incitam a violência?
 
Não, na verdade eu não incito a violência, eu me tornei um alvo. Porque existe violência no trio de Bell, no trio de Ivete. No trio de todos os artistas existe facada, tiro, porrada, tudo. É hipocrisia dizer que não existe, que só existe no trio do Kannário. A massa é maior, é. É mais agressiva? É. Mas não é diferente, porque é o mesmo povo. Entendeu? É o mesmo povo. As pessoas precisam parar de me crucificar, porque eu não sou Jesus Cristo. Sabe? Eu não sou o culpado pelas drogas, não sou culpado pelo tráfico, pela violência. Quando eu nasci tudo já estava aí. Já tava tudo errado. Só que pelo fato de ser um cantor do povo, favelado que conseguiu quebrar barreiras, conseguiu ter visibilidade, então incomoda. E aí, dois bicudos não se beijam. Eu não sou bicudo, né? Já não sabe como é... Toda pergunta tem uma resposta, e a galera gosta de falar, mas não gosta de ouvir. Então, fugiu um pouco do contexto e ficou essa coisa absurda. Todo mundo sabe que existe, o ser humano é falho, claro que é. Eu não sou perfeito. Se você conhece uma pessoa perfeita me apresente. Me apresente a ela, porque eu quero pegar essa fórmula da perfeição, sabe? Então, o que tá acontecendo é isso aí. Estão me crucificando vivo, mas isso acabou. Porque deus é deus, pó. Não são os humanos que mandam, só são porta-voz. Vamo que vamo.
 
Foto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias
 
Você acha que vai ser mais visado no carnaval por conta dos fatos recentes? Isso te preocupa?
 
Não me preocupo porque eu sou bastante otimista. E eu acredito muito em Deus. Se tá tudo acontecendo assim, na final da copa do mundo ele não vai tirar a mão, né? Ele vem abrindo tantos caminhos, na hora de bater o gol? Ele não vai deixar, tenho certeza. E vai muito do artista, do andamento do percurso, eu vou estar 100% controlando a galera. Eu quero isso, quero nosso espaço no carnaval, como a maior pipoca do mundo do carnaval que já existiu. Me desculpe Bell, mas chegou um Bell mais novo. É a oportunidade que estamos esperando há vários anos. Sempre batendo na trave, mas chega um momento que é o momento, e até você mesmo duvida que seja o seu momento. Eu tô aqui pensando “deus sabe o que faz”. Se Deus disser que é no primeiro tempo, é, se for no segundo, eu vou brocar também. Tô só esperando a ordem dele, não to programando mais nada na minha cabeça, só deixando acontecer. Depois do carnaval a gente agenda outra entrevista pra contar o que aconteceu.
 
O que você está programando do seu show para o Carnaval?
 
Tem um negócio armado aí, surpresa, não posso falar (risos). Mas tá tudo lindo, bem estruturado, bem confirmado, tudo pronto. Estamos agora fechando detalhes de figurino, mas tudo pronto. Trio, ballet, figurino, convidados.
 
Como foi o convite? Diretamente ou teve algum intermédio?
 
Não, diretamente. Tomei até um susto, o prefeito ligando pro meu celular, já pensou? Nego diz que o cara [ele] é pombo sujo, mas o prefeito tá me ligando... Nego diz que o cara [ele] é va*****, mas o prefeito tá me ligando... Então eu tenho que jogar isso na cara, né? Não é todo dia que você recebe uma ligação do prefeito no seu telefone. Eu disse “alô” e de repente é o prefeito. Como é que eu vou falar com o prefeito no telefone? Tá entendendo? Falar com uma pessoa comum é normal, mas como é que eu vou falar com a patente alta? Mas foi bom, foi bom porque ele se sensibilizou bastante. E, antes disso, ele pesquisou. Ele pesquisou toda a minha vida, as coisas ruins, as coisas boas que existem. Porque é normal né? Então não foi uma coisa que ele foi forçado, ele pesquisou, e viu que, com todas as partes ruins, as polêmicas, há coisas boas. Conseguiu enxergar as coisas boas e conseguiu enxergar futuramente, o que eu posso fornecer, pro estado, pro governo, em prol do povo, entendeu? Porque é pra isso que eu tô aqui. Não tô aqui pra falar de droga, de violência, não. Eu retrato nas minhas músicas a realidade, entendeu, nua e crua, sem maquiagem. Por isso que a letra se torna mais forte. Quando existe verdade, se torna poesia. Então ele pesquisou minha vida inteira, lado bom, lado ruim, até minha vida familiar. E viu que eu merecia uma oportunidade, que as pessoas estavam sendo injustas comigo. Porque é como eu te falei, a gente não pode julgar ninguém sem saber quem é a pessoa. A gente não pode interromper o sonho de alguém, a gente não pode acabar com a vida de outro ser humano. Por que? Porque o cara é favelado e ganha o poder e tal... disseram que o cara ia morrer e ele tá aí, é isso? Porque é artista? Eu acho que ele foi bem decisivo no que ele postou nas redes sociais. Teve uma hora que ele falou assim “dei uma oportunidade, e se vacilar não vai ter outra”. Eu peguei e postei outra falando “eu garanto que essa oportunidade vai me deixar morrer dentro do carnaval”, vou ficar velhinho, cantando no carnaval. Igual a esses caras que tem hoje. Sacou? Porque a oportunidade é dada e a gente tem que agarrar. E agora eu acho que eu tô... Não digo maduro demais, se não vai apodrecer, né? Mas, tô mais esclarecido, mais paciente. E deixando na mão de Deus. As coisas estão acontecendo tudo naturalmente, o prefeito abraçou, o povo abraçou, o governo abraçou. Com a Polícia Militar já resolvi minhas pendências através de conversas. Tava faltando isso, uma conversa cara a cara, olho no olho. E no segundo tempo tá acontecendo isso, de maneira muito rápida, sabe? Eu to até assustado, esperei tanto por isso, mas agora tá acontecendo muito rápido e a minha ficha não caiu. Mas graças a deus tá dando tudo certo, as pessoas, as brigas, as polêmicas, está tudo indo pro seu devido lugar, vindo com suas explicações, e tomando as verdadeiras escalas. Eu preciso e quero muito me livrar disso tudo aí. Eu botei na minha cabeça que não vou dar mais motivo pra ninguém ficar falando de mim. Não por minha causa, mas por quem me ama e dá a cara pra bater pela minha causa. Porque perfeito eu nunca vou ser, sabe gente? Eu nunca vou ser perfeito, eu sou um ser humano, pô. E então eu sei que decepciono algumas pessoas com algumas atitudes, que são normais, de temperamento, cada um tem o seu.  Mas hoje eu me policio mais, e vou tentar de todas as formas, através dessa nova oportunidade de visibilidade do meu trabalho, eu vou ser um bom exemplo para as pessoas que gostam de verdade do meu som. E digo também, gosta quem quer, quem não quiser gostar, obrigado. Cada um tem o direito de fazer as suas escolhas, eu não sou o melhor cantor do mundo, não sou deus, sou só o Kannário. Só quero respeito, atenção e oportunidade. Nada mais.
 
Foto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias
 
Você acha que essa sua visão de quem saiu do gueto, mais forte, você tem como contribuir com a visão do governo para o gueto? 
 
Sim, porque a gente acaba aprendendo. A gente passa a ver as necessidades da rua. Das coisas... eu quero adquirir um pouco de respaldo, não de poder, respaldo de palavra e oportunidade para tentar, com a minha popularidade, já que a galera me ama, tem essa onda, em prol de coisas boas. Contra o tráfico, o que tá errado. Eu não sou político, isso não é um discurso.  Mas é pra isso que eu tô aqui, agora as pessoas estão me olhando de outra forma. Eu sempre quis isso. Mas tive que mandar umas pessoas pra casa do car**** pra ter atenção. Tive que mandar algumas pessoas pra casa do inferno... Porque quem muito se abaixa... aparece. Minha mãe sempre me disse isso. Então hoje eles me vêm como Kannário, problemático, barril, não sei o quê... Mas eles sabem da força que, se eles me derem o alicerce, eu posso trazer muito benefício pro estado. Posso fazer coisas que ninguém nunca fez.

Você pensa em ser candidato a algum cargo político algum dia?
 
Rapaz, eu não gosto de política não, mas se o povo disser que é pra eu ser, eu vou ser. Experiências novas, minha filha. Outro dia eu tava lá na Liberdade estudando em colégio público. Quando eu paro pra pensar eu fico assim, “quem era tu, não é, naninha?”. É complicado, porque eu não gosto de discurso, pra mim não tem verdade no que está em discurso, no que tá escrito, eu gosto do que sai na hora, e nenhum dos políticos falam o que sai na hora. Eles são programados. Eu acho que política é um meio muito sujo. Mas se o povo quiser, eu vou lá. Fazer igual Tiririca e causar um reboliço e ver o que vai acontecer. Mas não sou muito fã não, sempre achei um meio muito sujo, imundo. Não todos, mas a maioria. Infelizmente é a verdade. A gente não pode ser hipócrita, esconder a verdade. Hoje a gente tem que se preocupar bastante. Antigamente eu nem votava, não viajava nessas coisas. Mas quando a gente pega essa responsabilidade de ver tudo, e enxergar a vida de outra forma, a gente pensa diferente. É como eu falei, se for pro bem do povo, por que não? A gente se adapta, a gente pode aprender, nada é impossível.
 
Você fala tanto de sonhos, personalidade. Anderson e Igor Kannário são a mesma pessoa, compartilham opiniões? 
 
Sim! É por isso que eu passo tudo que eu passo, porque eu não consigo ser um personagem. Entendeu? As pessoas pensam que Kannário no palco é uma coisa e depois é outra. Kannário em casa e Kannário no palco é a mesma coisa, eu não sou um personagem. Kannário não fica no palco e eu volto como Anderson, é a mesma coisa, não muda nada.
 
Carnaval você toca além de segunda? Tem mais coisa?
 
Tem tanta coisa, minha filha... Muita coisa. Quinta eu vou pra Recife, volto na sexta, já faço algum praticável, não sei se é no bloco de tomate, não tenho certeza. Não sei ao certo, porque que vou chegar já barriado depois do bloco de Recife, né? Não sei se marcaram algo mesmo, ou se eu vou descansar pra voltar no sábado. Sábado tem alguma coisa com MC Guimé e Kart Love, com a galera; domingo com Claudinha Leitte, praticáveis também da imprensa. A prefeitura deu algumas opções para a gente escolher. Liberdade, Cajazeiras, esses bairros assim, e eu disse a ele que onde ele colocasse, eu ia tocar. É povo" (mais tarde, revelou que iria tocar no domingo de Carnaval em Cajazeiras); na segunda tem o Arrastão do Kannário, abrindo o carnaval na segunda feira no Campo Grande a partir de 13h, saindo do Corredor da Vitória com convidados; terça eu tô em Nova Viçosa no sul da Bahia; e eu acho que chego aqui na quarta de manhã, pra fazer o encontro dos trios no arrastão.
 
Foto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias
 
Você diferencia tocar na barra de tocar no carnaval dos bairros?
 
Claro que eu prefiro tocar pro meu povo. Eu não vou responder pra você que eu prefiro tocar na Barra, claro que eu não prefiro, prefiro tocar lá. Em Cajazeiras, no Campo da Pronaica, em Cajazeiras X. Lá tem gente que não tem a oportunidade de estar na Barra. Não tem dinheiro pra pegar o buzu, não tem o dinheiro pra tomar um refri, então vai curtir sua parada ali no bairro. Então eu prefiro tocar nos bairros. Se for pra escolher, eu quero Suburbana, Cajazeiras e Liberdade. Liberdade porque eu nasci e fui criado lá, cajazeiras porque é onde rolou a história do discurso do prefeito, que o povo ficou doido com ele falando “tudo nosso, nada deles”; e suburbana porque eu acho a região do Subúrbio muito sofrida, eu me identifico muito. Aí onde for, vai ser massa.
 
"Tudo nosso, nada deles" tem chance de ser a música do carnaval?
 
Se Deus quiser! Tudo indica que... não sei não, tá tudo muito doido. Tá todo mundo cantando já. Eu fiz várias micaretas agora, me bati com Xanddy, Léo Santana, Alinne rosa, Cláudia leite, Chiclete, Bell, Olodum... todos eles cantaram a música, estão cantando. Só quem não cantou foi Ivete, mas eu sei que ela tá esperando a hora de cantar, porque ela é barril, entendeu? Mas até então eu tô acreditando muito, o povo tá acreditando muito. E, se não tiver máfia, vai ser sim a música do carnaval.
 
Esse ano estamos comemorando os 30 anos de axé. Você acha que o pagode entra nessa história, ou tem sua própria diferença?
 
Sabe o que eu acho? Eu acho que o pagode não tem o seu devido valor no mercado. O axé já deixou de ser o ritmo que leva a Bahia há muito tempo. Tem os grandes artistas, que se consagraram, Ivete e tal. Mas hoje na Bahia, está precisando abrir a porta pro pagode, que tem como levar a música da Bahia. As pessoas têm que conhecer o pagode como pagode. Pagode não é axé. Axé é uma coisa, pagode é outra, groove arrastado é outra coisa, samba é outra, salsa. O meu suingue é de rua, é street, é pagode de rua, suingue nervoso, sem eletrônico, só instrumento. Está precisando disso na Bahia. Por que? Porque outros ritmos estão vindo e tomando conta do que não é deles. O próprio sistema do estado que dá ousadia pra esses filhos da p*** vir de fora e tirar onda aqui dentro. Enquanto aqui tem artistas tão ou mais populares quanto os que vêm. Então é isso, tem que dar oportunidade pro produto da casa, da terra. Fazer uma nova história da música da Bahia. São 30 anos de axé? Bala. Mas vai durar mais quanto tempo? A gente tem que se preocupar com isso.
 
Você pensa em ter alguma interação com algum artista de fora ou de outro ritmo?
 
Claro, é música. Música tem que se misturar. Cada um tem o seu ritmo, mas no geral, quando mistura, sai uma palavra só. Música, cultura, ensaio, poesia. Eu quero me misturar com todos eles. Kannário, né? Vamos cantar? Vamos. Sem escolhas, com todos. Quem me der oportunidade, eu canto de coração aberto.

Qual a mensagem que você quer passar nesse carnaval?
 
A bandeira da paz. Eu quero carregar a bandeira da paz. Eu tô muito otimista, vou fazer entrar pra história o carnaval da Bahia. Tem alguns que dobram a boca, outros que fazem muxoxo, eu não tô nem aí. Eu só quero que Deus dê vida e sal pra todos eles, pra quando acabar o carnaval, eles venham me dizer “você é barril!” e eu vou dizer “eu sei. Vai falar pro cara lá que a culpa é do Homem”. Mas eu quero representar a paz, quero fazer com que o carnaval da Bahia seja visto com o povo nas ruas, da periferia. O povo que merece estar nas ruas, que não tem dinheiro pra comprar abadá. Mas pra isso tudo acontecer, eu preciso do povo do meu lado. Preciso que eles saiam de casa, todo mundo de branco, com sua mensagem na sua cartolina, no seu papel, na sua camisa, que você pegue seus filhos, sua mulher, que você pare no seu ponto de encontro. Pisou no seu pé? Peça desculpa, manda o cara adiantar. Tá me entendendo? Eu vou estar de cima vendo todo mundo que quiser atrapalhar o carnaval. E eu vou dar 'caguete', minha irmã. Toda hora eu vou parar, chamar o comando da Polícia Militar pra manter a ordem e a gente ter êxito, já passou da hora do Kannário ter êxito no carnaval da Bahia. A gente merece, o povo tá clamando por isso. E só depende de nós. De mim como artista e do povo.

Fonte BAHIA NOTICIAS - por Aymée Francine / Júlia Belas 

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