Paciente com suspeita de ebola pediu refúgio no Brasil por Santa Catarina
Ele procurou o posto da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira, no Oeste, duas semanas antes de ser internado em Cascavel, no Paraná, por apresentar sintomas da doença
Thiago Santae
Um paciente suspeito de estar contaminado pelo vírus ebola passou por Santa Catarina, apesar de versões contraditórias entre a Polícia Federal (PF), a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde. Nascido na Guiné, Souleymane Bah, de 47 anos, pediu refúgio como perseguido político na superintendência da PF em Dionísio Cerqueira, no Oeste do Estado, no dia 23 de setembro. A suspeita é de que tenha atravessado a fronteira pela Argentina.
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— Realmente é um caso bastante preocupante — se limitou a dizer o delegado Ildo Rosa, da PF, destacando que todas as informações sobre a entrada e o deslocamento de Bah no país passaram a ser responsabilidade direta do Ministério da Justiça que, procurado, não retornou o contato da reportagem do DC.
Na versão do Ministério da Saúde, que concedeu entrevista coletiva sobre o caso nesta sexta-feira, Bah teria saído da Guiné no dia 18 de setembro, fez escala no Marrocos e entrou no Brasil no dia 19 pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A superintendência da PF em Santa Catarina, no entanto, confirma que o pedido de refúgio, que garantiu ao imigrante uma carteira de trabalho para atuar no país, foi pedido no município catarinense.
Souleymane Bah encontra-se internado no Instituto Evandro Chagas (Fiocruz),no Rio de Janeiro, onde passa por exames para identificar se a doença é um caso de contaminação do ebola. O resultado deve sair em 24 horas, informou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na coletiva desta sexta-feira. Ele também alega que, no atendimento do paciente em Cascavel, no Paraná, ele não apresentava mais os sintomas da doença, apesar de ter relatado febre em dias anteriores ao atendimento.
— O real risco vai ser confirmado ou descartado pelo exame laboratorial — disse Chioro.
O imigrante se encaixa no quadro de alerta por ter retornado há menos de 21 dias de um dos três países com epidemia de ebola — Libéria, Guiné e Serra Leoa — e por ter relatado febre no atendimento na UPA do bairro Brasília, em Cascavel, de onde foi desencadeado o procedimento de contingência para a suspeita de contaminação.
O ministério afirma que ele teve contato com 64 pessoas desde que os primeiros sintomas teriam aparecido, no dia 8 deste mês. Os dois casais com os quais dividia residência no município paranaense e outras 60 pessoas que estavam presentes na UPA até seu isolamento total, além de três funcionários que atenderam o imigrante.
A versão do Ministério da Saúde não leva em conta, no entanto, a hipótese de Bah já apresentar os sintomas da doença no deslocamento que fez até Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina — seja vindo da Argentina ou do próprio Estado de São Paulo, além de seu deslocamento do município catarinense até Cascavel.
— Risco de transmissão no Brasil a gente pode dizer que é baixíssiomo — disse o secretário de vigilância em saúde do ministério, Jarbas Barbosa.
:: Secretaria de Saúde tenta tranquilizar a população
— Você não pode minimizar casos suspeitos e nem gerar um pânico desnecessário porque pode ser outro tipo de doença — disse o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macario.
Ele afirmou que o Estado está preparado para realizar todo o protocolo de segurança. Disse que uma equipe do Samu foi capacitada para casos de emergência que envolvam a necessidade de deslocamento de pacientes suspeitos, além de as unidades de saúde estarem sendo capacitadas para realizar o isolamento, caso isso seja necessário.
Macario alega também que não há necessidade de preocupação para os catarinenses, já que a versão oficial afirma que ele só começou a apresentar os sintomas supeitos a partir do dia 8 de outubro. O diretor explica que o vírus ebola só é transmissível quando os contaminados apresentam o quadro da doença: febre, vômito, diarreia e, em estagio mais avançado, hemorragia.
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— Realmente é um caso bastante preocupante — se limitou a dizer o delegado Ildo Rosa, da PF, destacando que todas as informações sobre a entrada e o deslocamento de Bah no país passaram a ser responsabilidade direta do Ministério da Justiça que, procurado, não retornou o contato da reportagem do DC.
Na versão do Ministério da Saúde, que concedeu entrevista coletiva sobre o caso nesta sexta-feira, Bah teria saído da Guiné no dia 18 de setembro, fez escala no Marrocos e entrou no Brasil no dia 19 pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A superintendência da PF em Santa Catarina, no entanto, confirma que o pedido de refúgio, que garantiu ao imigrante uma carteira de trabalho para atuar no país, foi pedido no município catarinense.
Souleymane Bah encontra-se internado no Instituto Evandro Chagas (Fiocruz),no Rio de Janeiro, onde passa por exames para identificar se a doença é um caso de contaminação do ebola. O resultado deve sair em 24 horas, informou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na coletiva desta sexta-feira. Ele também alega que, no atendimento do paciente em Cascavel, no Paraná, ele não apresentava mais os sintomas da doença, apesar de ter relatado febre em dias anteriores ao atendimento.
— O real risco vai ser confirmado ou descartado pelo exame laboratorial — disse Chioro.
O imigrante se encaixa no quadro de alerta por ter retornado há menos de 21 dias de um dos três países com epidemia de ebola — Libéria, Guiné e Serra Leoa — e por ter relatado febre no atendimento na UPA do bairro Brasília, em Cascavel, de onde foi desencadeado o procedimento de contingência para a suspeita de contaminação.
O ministério afirma que ele teve contato com 64 pessoas desde que os primeiros sintomas teriam aparecido, no dia 8 deste mês. Os dois casais com os quais dividia residência no município paranaense e outras 60 pessoas que estavam presentes na UPA até seu isolamento total, além de três funcionários que atenderam o imigrante.
A versão do Ministério da Saúde não leva em conta, no entanto, a hipótese de Bah já apresentar os sintomas da doença no deslocamento que fez até Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina — seja vindo da Argentina ou do próprio Estado de São Paulo, além de seu deslocamento do município catarinense até Cascavel.
— Risco de transmissão no Brasil a gente pode dizer que é baixíssiomo — disse o secretário de vigilância em saúde do ministério, Jarbas Barbosa.
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Ele afirmou que o Estado está preparado para realizar todo o protocolo de segurança. Disse que uma equipe do Samu foi capacitada para casos de emergência que envolvam a necessidade de deslocamento de pacientes suspeitos, além de as unidades de saúde estarem sendo capacitadas para realizar o isolamento, caso isso seja necessário.
Macario alega também que não há necessidade de preocupação para os catarinenses, já que a versão oficial afirma que ele só começou a apresentar os sintomas supeitos a partir do dia 8 de outubro. O diretor explica que o vírus ebola só é transmissível quando os contaminados apresentam o quadro da doença: febre, vômito, diarreia e, em estagio mais avançado, hemorragia.
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