segunda-feira, 19 de maio de 2014

Revoltado com a prisão de Marco Prisco, Major da PM Bahia pede exoneração



Na manhã deste sábado (17) foi anunciado em Salvador, capital baiana, que o Major Estrela, comandante da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) pediu exoneração do cargo. O Major é responsável pela segurança de bairros cuja violência costuma apontar altas estatísticas.

Segundo informações, o oficial não gostou da forma de tratamento dado ao vereador Marco Prisco (PSDB), e liderou a última greve dos policiais militares na Bahia e está preso desde o dia 18 de abril. "Um dos motivos é que fiquei revoltado com a prisão de Prisco. Sei que é uma ordem judicial e respeito, mas é desumano a forma como ele está sendo tratado. Pedi sim exoneração porque quero ficar livre para desabafar e não me sinto bem na condição de comandante em fazer isso. Estou revoltado", revelou.

O Major afirmou haver outros motivos que o levaram a abrir mão do cargo do qual lhe cabe as responsabilidades. "Os outros motivos conferem com minhas declarações que venho dando na imprensa. Sou contra a impunidade e sou a favor que a constituição mude para permitir pena de morte para bandido rico e político ladrão. Sou contra pena de morte para bandido pobre", disparou.

Para Major Estrela, a corrupção é um crime coletivo e por isso tem que ser combatida de forma severa. "Esses calhordas não têm mais salvação não. Saindo do cargo fico à vontade para falar e desabafar porque tenho uma revolta muito grande. O problema hoje é a impunidade e não a falta de segurança", afirmou.

Segundo o oficial, a decisão de deixar o cargo já foi comunicada ao comando geral que "não deixou eu sair e pediu que eu permanecesse. Mas, eu disse que meu pedido é irretratável. Até me ofereceram o comando de uma especializada, mas ainda estou pensando porque não me prendo a cargo", reforçou.

Sempre chamando a atenção para a situação de Prisco, o major, que é formado em direito, disse estar acompanhando o caso e acredita que "quem tem que ficar preso daquele jeito é bandido de alta periculosidade. Sou contra a prisão de Prisco, sempre fui e estou revoltado com isso", concluiu.

Situação de Prico

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o vereador Marco Prisco seja transferido para o presídio federal em Porto Velho (RO). O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do habeas corpus no qual o vereador pede prisão domiciliar.

O pedido do procurador foi feito após o resultado de um relatório médico, divulgado na quinta-feira (15). A junta médica, formada por dois servidores do Supremo, concluiu que Marco Prisco “não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar. (Informações do Bocão News).

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