sábado, 11 de agosto de 2012

Deputados baianos serão investigados pela Câmara

















O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), definiu, na quarta-feira (8), que os deputados Sibá Machado (PT-AC) e Ricardo Izar (PSD-SP) comandarão as investigações sobre a compra e venda de emendas da Câmara dos Deputados, que envolve os baianos João Carlos Bacelar (PR), e Marcos Medrado (PDT). 


Sibá e Izar têm até o dia 30 de agosto para entregar um relatório preliminar sugerindo ou não o aprofundamento das investigações na Câmara.

Sibá ficará responsável por investigar o envolvimento de Bacelar  na compra de emendas parlamentares de outros deputados da Bahia. Já Izar terá de analisar a situação de Medrado, que admitiu ter negociado uma emenda de R$ 2 milhões com Bacelar em troca do apoio político de um prefeito do interior baiano, nas eleições de 2010.

A existência de um esquema de compra de emendas parlamentares na Câmara foi revelada em junho deste ano. Segundo a ex-mulher de Bacelar, Isabela Suarez, o deputado "comprava" de colegas as emendas ao orçamento da União, que posteriormente eram destinadas a seus redutos eleitorais. As obras acabavam destinadas à construtora do deputado ou de empresários aliados.

Medrado nega – Em contato com o deputado João Bacelar, em Brasília, quem respondeu foi o seu assessor, mas Bacelar não retornou as ligações. Já Marcos Medrado negou que tivesse negociado emendas com o prefeito de Teofilândia Tércio Nunes (PDT), que era da base de Bacelar e passou a apoiar Medrado.

"Estou tranquilo. Todas as emendas que apresentei nos últimos quatro anos serão encaminhadas ao Conselho de Ética. Vou provar que não há emenda em município onde Bacelar foi votado", assegura Medrado, que também nega que tenha feito emendas para outros parlamentares.

Quebra de decoro - Pelo cronograma montado por José Carlos Araújo, caso as investigações prossigam, o órgão deve votar, até 18 de dezembro, se os deputados quebraram o decoro parlamentar. "Não quero deixar nada sem terminar. O fim do ano é o limite. Se não votarmos até lá, teremos de esperar o recesso para concluir",  disse o presidente do conselho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário