domingo, 5 de agosto de 2012


MAIRI SUA HISTÓRIA E SEUS 115 ANOS DE EMANCIPAÇÃO 


[editar]Cronologia

  • 1591: Bandeira de Gabriel Soares de Sousa, partiu do rio Jaguaripe para Jacobina, em busca de minas de ouro e de prata.
  • 1655: Em dez de abril, grande sesmaria concedida a João Peixoto Vieiras pelo Governador D. Jerônimo de Ataíde (6º ), Conde. de Atouguia (1654-1657), entre os rios Paraguaçu e Jacuípe até suas nascentes.
  • 1795: Nessa década é construída a capela da Santa Cruz, por monges liderados por Frei Apolônio de Todi e os moradores.
  • 1808: Saturnino Gomes de Oliveira registra a fazenda Santa Rosa de onde se originou a cidade de Mairi.
  • 1822: O segundo proprietário da fazenda Santa Rosa, mudado o nome para Monte Alegre, faz doação de cem braças quadradas para edificação da capela sob a invocação de Nossa Senhora das Dores.
  • 1838: Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre, criada pela Lei Provincial nº 67, de 1º de junho.
  • 1857: Vila de Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre, erecta em 31 de dezembro pela Lei Provincial nº 669.
  • 1889: A Câmara de Vereadores adere ao regimento republicano em sessão de 30 de novembro.
  • 1893: Instalação da Intendência e Conselho Municipais, em sessão de 7 de janeiro.
  • 1897: A vila de Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre é elevada à categoria de cidade, em 5 de agosto, pela Lei Estadual nº 196.
  • 1923: Comarca de Monte Alegre, pela Lei Estadual nº 1661, de 28 de agosto, com os termos Sede e Baixa Grande.
  • 1924: Fundação da Sociedade Lítero-recreativa 7 de setembro, por iniciativa do juiz Álvaro Olympio Pinto de Azevedo, em julho.
  • 1926: Em 26 de junho os revoltosos da coluna Prestes invadem a cidade.
  • 1937: lançamento da primeira pedra, em 12 de novembro, da torre da Igreja Matriz.
  • 1949: Primeiro serviço de luz elétrica instalado em 2 de outubro.
  • 1956: Ginásio de Monte Alegre, fundado por Dr. José Vieira da Silva.
  • 1959: Diocese de Rui Barbosa, criada pela bula Mater Eclesiae, de sua Santidade o Papa João XXIII (1958: 1963), de 14 de novembro.
  • 1960: Rodovia ligando Mairi a Baixa Grande, em 30 de dezembro.
  • 1970: Inauguração do Hospital Municipal Nossa senhora das Dores.
  • 1971: Energia hidrelétrica de Paulo Afonso, pela Companhia de Energia hidroelétrica de São Francisco: CHESF.
    Instalação do serviço telefônico em convênio com a telecomunicação da Bahia S/A: Telebahia. Hoje Telemar.
  • 1982: Inaugurarão do serviço de abastecimento de água canalizada à cidade a encargo da Empresa Baiana de Água e Saneamento S/A: Embasa.

Geografia

Topografia

município de Mairi (do tupi mair= francês; Mairi = povoação de franceses. Semelhanternente a mariquiquiig = naufrágio de franceses. Naufrágio acontecido ao largo da costa do Rio Vermelho, bairro de Salvador, daí o Largo da Mariquita, corruptela dessa expressão indígena) localiza-se na microrregião homogênea 11 - Itaberaba-, composta por doze comunas (Baixa Grande, Boa Vista do Tupim, Iaçu, Ibiquera, Itaberaba, Lajedinho, Macajuba, Mairi, Mundo Novo, Rui Barbosa, Tapiramutá e Várzea da Roça), e na região econômica 7 - Paraguaçu -, formada esta por quarenta e dois municípios, correspondendo a 6% da área do estado da Bahia, ainda incluído no polígono das secas (área delimitada pela Lei nº 1 348, de 1951), fazendo parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu e, também da Bacia do rio Jacuípe. De forma botânica de caatinga em maior extensão (caatinga é vocábulo de origem tupi, significando mato branco), de vertentes-esplanadas, maci- ços de morros e de oiteiros com tabuleiros interioranos. Pastagens de capim, onde se desenvolve a pecuária extensiva. O potencial agroclimático do município é de grau regular, com aptidão para as culturas de algodão arbóreo, fumo e sisal (agave): mandioca, batata-doce, feijão, banana e laranja. Limites Municipais O município de Mairi limita-se a oeste com municipalidade de Mundo Novo, ao sul com Baixa Grande, leste com Pintadas e Capela do Alto Alegre e ao norte, Várzea da Roça e Varzea do Poço, com as fronteiras: Mundo Novo - começa na Foz do Riacho do Ouro no Rio Jacuípe, seguindo, em reta, até a localidade Canabrava, na margem do riacho deste nome: Baixa Grande - da localidade Canabrava, na margem do riacho de mesma denominação, daí, em reta, até o marco da localidade Cruzei- ro, seguindo, em reta até o marco no lugar Congonha e daí ainda em reta, até a Foz do Riacho Barão do Rio Cairu, seguindo em reta até o lugar Coração de Jesus, na margem do Rio do Peixe; Capela do Alto Alegre - no marco do lugar Coração de Jesus, na margem do rio do Peixe, sobe por este até o cruzamento da estrada vicinal, que parte de Mairi em direção de Capela do Alto alegre, com rio do Peixe. Várzea da Roça - limite provisório sujeito à alteração; Varzea do Poço - da Foz do Riacho do Morro, até a foz do Riacho do Ouro, ambos do Rio Jacuípe, que tomamos como ponto de partida.

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Clima

O tipo climático do Município é o semi-árido e seco, subtropical e ameno, com perene estiagens e períodos chuvosos, variado entre abril a junho e novembro a janeiro. A precipitação média anual varia entre 600mm a 800mm e a temperatura média é de 23º 6 C (graus centígrados).

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Hidrografia

O rio principal é o Jacuípe, que pelo seu talvegue é marco fronteira norte com o município de Serrolândia, e é parte da Bacia Hidrográfica do Paraguaçu. Zona natural homogênea da Sacia do Itapicuru, com patamares do médio Paraguaçu. Possui alguns riachos que afluem para a direita do Rio Jacuípe e outros que derivam para o sul, a exemplo dos riachos Congonhas e Palácio, e os rios Paulista, Imbe e Cairu, este último tem a sua nascente no próprio município. Existem numerosas lagoas rasas e extensas, todas periódicas, isto é, que secam nas estiagens prolongadas: Comprida, do Casquilho, das Duas Irmãs, da Macambira e do Jacaré, além de outras. Ainda o Açude Angico.

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Orografia

A topografia é montanhosa, pela presença de ramificações da Serra Preta, e a sua principal elevação é a Montanha Santa Cruz, onde existe uma capela.

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Recursos Naturais

A fauna reúne variadas espécies de aves e animais outros silvestres, como sejam, entre muitos, aracuã, codorniz, galinhola, inhambu, juriti, marreco, perdiz, pomba de seca, seriema e zabelê; cagado, camaleão, caititu, cotia, jaguatirica, mico, paca, raposa, tamanduá, tatu, teiú e veado. A flora apresenta pequena reserva de madeira de lei e abundância de madeira de lenha, como ainda plantas alimentícias, aromáticas e medicinais e muito ouricurizeiro. No campo geológico há os granitos. Pré-Cambriano indiferenciado. Complexos de rochas granulíticas, com a inclusão de metatexitos, usados em geral para construções. Depósitos eluvionares e coluvionares, biolita, granitos e sienito.

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Colonizadores e imigrantes

São lembrados os imigrantes e sua famílias dos séculos XVIII e XIX que permaneceram em Mairi e influenciaram o seu desenvolvimento. Os portugueses, Antônio João Belas e sua mulher Mariana, que aqui se fixaram no final do século XVIII, e com eles vindo o irmão de Mariana, José Carlos da Mota. Este, tempos depois, continuou viagem, adentrando-se pelas matas do oeste, onde dizem ter exclamado: Aqui é um mundo novo!
Este casal teve muitos filhos, entre os quais, Manuel e Joaquim Alves Belas, que se tornaram líderes políticos e governaram o município muitos anos. Morreram pobres, sendo que o primeiro pós termo à vida, ingerindo tóxico, vindo a falecer em 1905, e deixaram muitos descendentes. Outro português, Jerônimo Ferreira Moreira, casou-se em Jacobina com a compatrícia Marcolina e teve prole numerosa. Um de seus filhos, Alexandre Ferreira Moreira, foi intendente municipal, e exerceu marcante liderança política, falecendo em 1919. Dois filhos de Alexandre foram prefeitos em Mairi: Hermes e Abelardo Cohim Moreira. Hermes Cohim Moreira nasceu em 1900 e morreu em 1946 deixou 9 fazendas em Mairí,Hermes casou-se com Raquel Rios Moreira e teve tres filhos, Neydson, Frederico e Jane Rios Moreira, Neydson Rios Moreira casou-se com Ana Maria Pinto Moreira e teve 3 Filhos Homens, o mais velho teve o nome do avô, Hermes José Pinto Moreira, continuaram com fazendas em Mairí até 1998. Um filho de Aberlardo, Carlos Raimundo de Almeida Moreira, também foi prefeito. São muitos os de sua descendência, tanto em Mairi como em cidades da vizinhança.
Nicolau Farani, italiano, foi um dos maiores comerciantes, grande proprietário e líder político e social. Opositor dos Moreira. De alguns filhos deve lembrada Marianina, que casou-se com Graciliano Pedreira de Freitas, e tornou-se mãe de Lauro Farani Pedreira de Freitas, que, candidato ao governo da Bahia, faleceu em campanha política, num desastre de avião, em 1950. Nicolau deslocou-se com a família, já velho e pobre, para Alagoinhas, e em Mairi são raros os seus descendentes.
Outros italianos que aqui entraram ao mesmo tempo, são lembrados os Finamore e os Assuit, que tem descendência rara.
A família mais numerosa de Mairi é a Rios. Os seus ascendentes eram portugueses, e, de início, fixaram-se em Riachão do Jacuípe, donde se ramificaram para Mairí, Miguei Calmon, Jacobina e outros lugares.
São estas as famílias mais antigas, numerosas e tradicionais de Mairi.

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Turismo

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Atrações

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Capela da Santa Cruz de Monte Alegre

Dizem os moradores que a capela da Santa Cruz do Monte Alegre, como ainda a designam, é o cartão postal da cidade de Mairi. Realmente. Qualquer que seja o ponto de quem se aproxima da cidade, a primeira vista que se descortina é a beleza mística da capela lá no alto, dominando extenso e vasto panorama. Assentada a cavaleiro na parte mais proeminente do monte, a capela tem dimensões reduzidas, com nave de dez por quatro metros e dividida em duas partes, separadas por um arco. Na parte menor, posterior, encontra-se uma mesa , como por um altar, com alguns objetos e encostado à parede, um grande crucifixo, que chega até o alto. A esquerda, no ângulo da parede, um nicho protegido por grade de ferro e onde estão dispostos os santos gêmeos Cosme e Damião. Há, na parede lateral esquerda, uma prateleira inteiramente ocupada por estampas e quadros com molduras de santos, fitas, terços, ex-votos de madeira, pano e cera, representando partes anatômicas humanas: pernas, braços, mãos e pés. Na outra porção do espaço interno, as paredes estão riscadas, em toda a sua extensão, com nomes de pessoas, datas e outros dizeres, de tinta preta semelhante a carvão. O frontispício da igrejinha possui como envergadura urna porta abaulada, que se alcança por uma escada de seis degraus, em azulejo. Acima da porta, uma espécie de nicho, em arco romano, com uma pequena trave horizontal destinada, talvez, a um sino e localizado no centro do frontão. Lateralmente, em cada extremo, dispõem-se dois coruchéus pontiagudos, com telhados em duas águas e terminações em beira-seveira.
A porta tem duas bandas, que não se fecham e presas por furos na madeira, onde se passa uma pequena corrente. As bisagas do lado direito estão corrompidas, dificultando a abertura. A capelinha está a merecer maiores cuidados por parte dos poderes constituídos, pois é o mais importante marco (bi) centenário da Cidade, estando a completar, seguramente, duzentos anos de edificada.
Diante e ao lado direito da capela construiu-se uma amurada com gradeado tosco de ferro, servindo para proteger os visitantes ou romeiros, pois que fica à beira do despenhadeiro alcantilado, que abruptamente e quase na vertical se abre, a um tempo, diante "do precipício! ... e do céu!..."
Ao aproximar-se do templo, o visitante sobe por dois lanços de escadaria, onde se aproveitou a sinuosidade da formação rochosa, a partir daí, de quartzo leitoso. O primeiro lanço possui 41 degraus e o seguinte, 25, separados por um patamar inclinado.
No final do século XVIII as freguesias mais próximas do núcleo de moradores então existente eram Sant 'Ana de Camisão, criada em 1753, e Santo Antônio de Jacobina, em 1758. Os missionários frades capuchinhos, liderados por frei Apolônio de Todi, sabedores desse pequeno aglomerado de pioneiros, foram em sua busca e cumprindo sua missão, lá se apresentaram a semear a sua fé é a sua religião, e auxiliados pelos moradores edificaram o santuário para perpetuar a sua visita e a sua crença.
Houve tempo em que se realizavam romarias para assistir missa de penitência, quando em época de longas estiagens e para lá convergiam milhares de fiéis.

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Toca da onça

No mesmo monte, cerca de trinta metros abaixo da parte frontal da capela, encontra-se a falada Toca da Onça. Para lá chegar, a sua descida é íngreme e escarpada. A gruta se abre numa galeria estreita, que sobe em declive, mais ou menos por uns dez metros, saindo na parte superior por um rasgão angusto, dificilmente dando passagem a uma pessoa.

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Política

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Política administrativa

O arraial e distrito de paz da freguesia de Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre foram elevados à categoria de vila e termo da comarca de Feira de Sant'Ana e constituídos pelas freguesias da vila da Conceição do Gavião, desmembrada da vila de Sant'Ana de Camisão (hoje, Ipirá), e a de Nossa Senhora da Conceição de Mundo Novo, desmembrada da vila de Santo Antônio de Jacobina, por sanção do ato oficial do exmo. Sr. Presidente da Província da Bahia, João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, por intermédio da Lei Provincial nº 669 de 31 de dezembro do ano de 1857.

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Intendentes e Prefeitos

Intendentes
Prefeitos
  • Major Nilo da Rocha Rios - (1930)
  • Hermes Cohim Moreira - (1930)
  • Médico Benedito Antônio Pereira - (1938)
  • Patrício Francelino da Silva - (1940)
  • Oldaque de Lima Mascarenhas - (1945)
  • Reinério de Souza Rocha - (1945/1947)
  • Abelardo Cohim Moreira - (17 de Janeiro de 1948/abril-1951)
  • Médico Manuel Soares Neto - (1951/abril-1955)
  • Alfredo dos Reis Navarro - (7 de Abril de 1955/abril-1959)
  • Carlos de Oliveira Nunes - (7 de Abril de 1959/abril-1963)
  • Carlos Raimundo de Almeida Moreira - (7 de Abril de 1963/abril-1967)
  • Carlos de Oliveira Nunes - (7 de Abril de 1967/janeiro-1971)
  • Raimundo Augusto dos Santos - (1977/1982)
  • Deraldo Cedraz Carneiro - (1983/1988)
  • Raimundo Augusto dos Santos - (1989/1992)
  • Deraldo Cedraz Carneiro - (1993/1996)
  • Dentista Ramon Gonzalez Miranda - (1 de Janeiro de 1997/2000)
  • Raimundo de Almeida Carvalho - (1 de Janeiro de 2001/2008)
  • Antônio Cedraz Carneiro - (2009/2012)

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Economia

A economia do município de Mairi move-se, principalmente, em torno da atividade agropecuária e da prestação de serviços.

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Agricultura

O setor agrícola do Município continua vinculado às características da agricultura tradicional. Assim, o pequeno agricultor rural dedica-se, em grande parte, quase exclusivamente, à economia de subsistência, o que significa dizer, ao cultivo de gêneros alimentícios; feijão e milho associados e mandioca. A cultura mais importante é a mandioca e o produto principal do ramo de transformação, a farinha e derivados. No passado produziu-se algodão, fumo, milho, feijão, batata-doce, aipim, banana, café, laranja e sisal. Nos dias correntes a produção agrícola resume-se em mandioca, milho, feijão, mamona e sisal.
Mais da metade da população do Município encontra-se na zona rural (66,3%), e está ocupada na atividade agropecuária. Incluímos nesse total os moradores de povoados. Com sede ou escritório funcionam na cidade o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mairi, fundado em 14 de agosto de 1971 e reconhecido pelo Ministério do Trabalho, em 15 de agosto de 1974: a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - FBDA, da Secretaria de Agricultura; Fundação de Agricultura do estado da Bahia - FAEB, onde funciona o Sindicato dos Produtores Rurais de Mairi, juntamente com o Sindicato Patronal, em sede inaugurada em 7 de novembro de 1995. No ano de 1995, estavam cadastradas 990 propriedades rurais.

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Pecuária

É o tipo de atividade mais difundida na região. O gado, em particular, bovino figura como elemento principal na combinação agrária de Mairi, ou seja, gado-pequena lavoura. A pecuária bovina é mista na produção de carne e leite, sendo o ramo de corte o maior suporte da economia rural, despontando, timidamente, a avicultura industrial (frango de corte e ovos). Os rebanhos são considerados nessa ordem pelo número de cabeças: bovinos, eqüinos, suínos, ovinos e aves.

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Indústria

Na produção extrativa vegetal citam-se lenha, carvão e madeiras para fins diversos. Na produção extrativa animal, peles e couros curtidos, carne e leite de gado bovino, carne e ovos de galinha.
Na indústria de transformação, os principais destaques são os derivados da mandioca, a farinha de guerra ou de mandioca, beiju, goma, puba e tapioca; manteiga, requeijão, rapadura, doces e café em pó; panificadores e fábricas de móveis, bebidas e têxteis; serrarias e serralherias; artesanato de palha de ouricuri (aios, chapéus, esteiras, peneiras ou urupemas e vassouras).

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Comércio

O município de Mairi exporta seus produtos agrícolas para as praças de Feira de Santana, Salvador, São Paulo e a do Rio de Janeiro. Em 1985 havia 90 estabelecimentos comerciais: varejistas e atacadistas. Em 18 de novembro de 1995, foi fundada a Câmara de Diretores Lojistas de Mairi.
A rede bancária é constituída pelo Banco do Brasil S/ A, com prédio próprio e funcionando desde 1976 e pelo recém inaugurado Banco Bradesco. A Caixa Econômica Federal esteve em atividade por mais de dez anos, fechando no ano de 1994. Antes as operações bancárias eram realizadas em Mundo Novo.

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Vida social e outros aspectos

O município de Mairi possui uma extensão territorial absoluta de 494 km² e relativa de 0,09% (em confronto com a área do estado da Bahia, que é de 561.026 km²). O Município faz parte da 17ª Região Administrativa do estado - Mundo Novo. Estão aqui implantados alguns órgãos e corporações: Destacamento de Polícia Militar - 11,1 Batalhão de Polícia Militar/ Itaberaba; Quinta Companhia - 11º BPM/It. 5ª. Cia.; Delegacia de Polícia do Interior - DEPIN; Oitava Divisão Regional de Polícia do lnterior/Ipirá - 8ª DIRPIN/Ip; Posto de Identificação- Carteira de Trabalho - Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; Junta de Serviço Militar.

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Monumentos, Logradouros e Feira Livre

A cidade de Mairi está dividida em bairros: Centro, Pé do Monte, Recreio, Lapinha, Bonfim, Bom Jardim, Tanque do Missionário, Tanque da Nação, Granja, Coqueiro, Matadouro e Corre Nu (este é o mais recente e o mais rico). Encontram-se meia dúzia de praças, algumas ajardinadas, como a Praça José Joaquim Seabra, dividida em canteiros e com uma belíssima pérgula, podendo ser usada para retretas, danças, representações teatrais e outros eventos; Praça Dom Manuel Lisboa e a Nova República, onde se inaugurou em 1985 um busto de Tancredo de Almeida Neves, antes conhecida por Praça do Dendê e onde ainda existe em um dos canteiros urna dessas árvores. Inúmeras são as ruas, algumas das quais conservam os nomes consagrados pela verve popular e ao sabor das circunstâncias imprevistas, entre elas: Rua da Preguiça, Rua da Palha, Rua Bom Jardim. Outras têm a nomenclatura mudada, geralmente com nomes de pessoas como homenagem: Rua Cônego Manuel Maria da Conceição (antiga Rua do Capim), Rua Santo Antônio (antiga do Cemitério), Rua Marechal Deodoro da Fonseca (antiga do Tomba Surrão), Praça Dom Manuel Lisboa (chamada do Campo do Gado). Poucas ruas são representadas por datas, como a Rua 7 de Setembro, Rua 1º de Maio. Em fevereiro de 1909, o Conselho inaugurou uma escola na Rua da Aurora, porém o nome hoje é outro e não se sabe qual. A Rua Rui Barbosa ainda é conhecida por Rua do Sacramento. A feira livre, nos dias que ocorre, é realizada na Praça Governador Juracy Magalhães, onde está localizado o Mercado Municipal. Nos primórdios da cidade a feira ocorria na Praça do Comércio, depois conhecida por Praça da Matriz e é atualmente a Praça J.J. Seabra, o local mais atraente e convidativo da comunidade mairiense, onde estão a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade, o prédio das Escolas Reunidas Getúlio Vargas, o imponente edifício da Prefeitura (construção iniciada no governo de Carlos Oliveira Nunes no começo dos anos sessenta e inaugurado o primeiro pavimento por Carlos Raimundo Almeida Moreira, em 1965, e concluído por Deraldo Cedraz Carneiro, no ano de 1987).

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Festas Populares

Das festas católicas, a principal é a da padroeira local, Nossa Senhora das Dores, celebrada a 15 de setembro, com novena, missa solene, pregação sacra e procissão por algumas ruas, nada obstante realizada com rito diferente na forma das novas diretrizes da Igreja Católica, conservando, porém, a parte profana, com a alvorada de foguetes, tocatas, lavagem do adro, e em torno da Praça, barracas com bebidas e comidas, leilões, jogos e muita música, sendo que nos últimos anos, o cortejo passou a ser integrado por cavaleiros de ambos os sexos, bem trajados, em montarias ajaezadas, que dão um colorido mais alegre à festa.
A Semana Santa com as belas cerimônias do seu rito, quando a demonstração de fé se torna evidente na população.
O São João típico e animado e que até a década de 1960 era o mais afamado da região, com quatro dias de folia, quando se promovia a eleição da "Rainha da Cidade", no último dos quais se realizava o "Baile da Saudade". Havia fogueiras diante das residências, muitos fogos e mesas lautas, danças nos dois clubes sociais, além de armazéns. Com o advento da música afro-baiana e sua eletrificação, a festa passou a ser realizada nas ruas e praças públicas, com a sua conseqüente descaracterização, nada obstante mais popular e democrática.
O Carnaval é realizado apenas com bailes nos clubes sociais. Os festejos natalinos, com muita alegria, na recepção dos rnairienses que voltam a penates e se confraternizam. Houve tempo era hábito da população fazer romarias à Capela da Santa Cruz do Monte Alegre, ao som de hinos religiosos e preces por ocasião das estiagens prolongadas, algumas vezes fazendo trocas de imagens de santos.

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Saúde

A mais antiga casa de saúde é o Hospital Municipal Nossa Senhora das Dores, obra iniciada na administração do prefeito Alfredo dos Reis Navarro e concluída pelo prefeito Carlos Oliveira Nunes, em 1970.
Inaugurado no ano 2000 , conta a cidade com o Hospital Estadual Luiz Eduardo Magalhães, com excelente estrutura física e capacidade para 35 leitos. Programa de Saúde da Família, com seis equipes compostas por médicos, enfermeiras, odontólogos e pessoal de apoio, atuando na Sede e no interior do Município; Farmácia Básica, Agentes Comunitários e outros.
O Centro Estadual de Saúde Clemenceau Teixeira e que, com a municipalização do sistema de saúde, funciona, agora, como mais uma unidade municipal.

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Educação e Cultura

No ano de instalação do município de Mairi, em julho, foi criada uma cadeira primária, ou seja, uma escola pública primária. Por imperiosa necessidade, o governo municipal requereu e obteve do governo provincial uma escola para meninas. Eram professoras nessa época dona Cândida de Macedo Menezes, dona Maria da Costa e dona Emília Maria Barbosa Dias.
Na década de I880, os meninos tinham para mentor o professor provincial Malaquias Ferreira de Carvalho, e as meninas, a professora Maria Francisca Santiago Farani. Nos anos da Primeira Guerra Mundial havia ainda duas escolas públicas, uma para cada sexo. Os meninos tinham para mestre o professor estadual Luís Pedro da Silva - dizem que negro, austero, honesto e competente. Uma dessas escolas, a do professor Malaquias, funcionava em sua própria residência, onde hoje está estabelecido o Centro Comunitário e de Treinamento da Paróquia.
Nos anos vinte destacaram-se no magistério as professoras Edeltrudes Pacheco, mais conhecida por Dedezinha, a primeira mestra mairiense diplomada a ensinar em sua terra natal, Maria José Santana, Claudionora Noblat Brasil, Rosalva Freitas Nunes e Judite Pacheco, esta ensinava em outro município, sendo as duas últimas, também, mairienses.
A evolução cultural deu-se lentamente. Até 1950, embora houvesse diversas pessoas com bom nível de esclarecimento, eram raras as de grau superior e mesmo médio. Já registramos algures alguns filhos de Mairi que se destacaram em seus campos de ação, a exemplo do bispo Dom Manuel Lisboa, o padre Nicanor de Oliveira Cunha, hoje vigário-geral, cura da catedral diocesana e chanceler do bispado da Diocese de Rui Barbosa, que não sendo mairienses, como a médica Cora Pedreira, mestra emérita aposentada, vieram para Mairi ainda crianças. Os padres e freiras irmãos, o agrônomo José Assis de Oliveira, diplomado em 1952, além de algumas professoras pelas escolas normais de Feira de Santana, Jacobina e Senhor do Bonfim.
Por iniciativa do médico José Vieira da Silva fundou-se, em 1956, a primeira escola secundária do Município e que deu grande impulso à educação local - o Ginásio de Monte Alegre. Sucedido, em 1967, pelo Ginásio de Mairi, hoje Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza, mantido pelo Conselho Comunitário, presidido por muitos anos por Alício de Oliveira Leal, que, também foi membro da Diretoria Estadual da Campanha Nacional de Escola da Comunidade - CNEC, oferecendo, hoje em dia, os cursos de alfabetização, fundamental (1ª a 8ª série) e de ensino médio. As opções de Magistério, desde 1972, e Contabilidade, a partir de 1976, cursos estes ditos profissionalizantes, não mais são oferecidos por esta unidade de ensino. A CNEC ainda mantém a escola de ensino fundamental João Soares Ferreira, no povoado de Angico.
Na década de 1960 surgiu o Colégio Estadual Abelardo Cohim Moreira, de 1º grau (1ª a 8ª série) e 2º grau (colegial e magistério), escolas estas que modificaram aquelas lentas etapas, podendo o município orgulhar-se de centenas de seus filhos detentores de cursos de nível médio e superior.
A cidade conta com a Escola Nossa Senhora de Lourdes, de 1º grau e particular e diversas outras de pré-escolaridade. O Município mantém outras duas: Escola Professora lraci Araújo leal e a Escola Deraldo Cedraz Carneiro, além de cinqüenta escolas isoladas, no povoados e em algumas fazendas.
As escolas estaduais, além das já citadas, são: Escolas Reunidas Getúlio Vargas, antes denominada Alexandre Ferreira Moreira, de construção que surgiu um padrão de um programa de escolas nas cidades onde não as houvesse, iniciado no governo Góis Calmon, por força do Decreto n2 4.509, de 6 de agosto de 1926; Escola Edeltrudes Pacheco, Escola Valter Cerqueira, Escola Carlos de Oliveira Nunes (esta foi municipalizada) e Escola Durval S. Silva. Todas essas casas de ensino estão sob a gerência da Diretoria Regional de Educação e Cultura - DIREC-17, com sede em Piritiba.
Funciona uma Biblioteca Pública Municipal Osvaldo Ribeiro, e no passado existiu a Biblioteca Afrânio Peixoto, da Sociedade Lítero-Recreativa 7 de Setembro.

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Características gerais

Regionalização e Legislação Política Administrativa
Microrregião Homogênea: - (Itaberaba) Região Econômica: - (Paraguaçu) Limites: - (Serrolândia, Várzea da Roça, Capela do Alto Alegre, Pintadas, Baixa Grande, Mundo Novo) Município de Origem: - (Jacobina) Lei de Criação: - (Lei Provincial, 669) Data: - (31 de Dezembro de 1857)
Indicadores Geográficos
Área: - (905,8) Distância da Sede em relação a Salvador: - (284 km) Coordenadas Geográficas: - (Latitude Sul: 11º43' - Longitude Oeste: 40º09') Altitude: - (440 m)
Recursos Naturais
CLIMA
Tipo climático: - (Seco a subúmido e semi-árido) Temperatura média anual: - (média 23.6°C; máxima: 29.0°C; mínima: 19,7°C.) Período chuvoso: - (Novembro a Janeiro) Pluviosidade Anual (mm): - (média: 796; máxima: 1.609; mínima: 303) Risco de Seca: - (alto)
SOLO
Tipos de Solo: - (latossolo vermelho-amarelo distrófico, planossolo solódico eutrófico, podzólico vermelho-amarelo eutrófico.)
VEGETAÇÂO
Contato caatinga-floresta estacional.
RELEVO
Patamar do Médio Rio Paraguaçu, Pediplano Sertanejo, Tabuleiros Interioranos.
GEOLOGIA
Granito-gnaisses, gnaisses charmockíticos, rochas ultrabásicas, anfibolitos, diatexitos eluvionares e cluvionares, biotita granito, sienito.
HIDROGRAFIA
Bacia Hidrográfica: - (Jacuípe) Rios Principais: - (Rio Cairu e Rio jacuípe)

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