quarta-feira, 11 de setembro de 2013


Polícia revela nove casos de abusos sexuais em hospital do Paranoá

Um médico e um técnico de enfermagem são acusados de abusar de pacientes durante exames de rotina e no pós-operatório. Ambos são investigados pela polícia  

Publicação: 11/09/2013:
O técnico de enfermagem Rafael Machado do Nascimento trabalhava no Paranoá desde 2009: denunciado pelo DNA e reconhecido por tatuagem (Ronaldo de Oliveira/CB/DA Press)
O técnico de enfermagem Rafael Machado do Nascimento trabalhava no Paranoá desde 2009: denunciado pelo DNA e reconhecido por tatuagem

A Polícia Civil do DF investiga nove abusos sexuais cometidos por dois servidores do Hospital Regional do Paranoá, que teriam ocorrido nos últimos dois anos. Peruano naturalizado brasileiro, Humberto Orellana Quinteros, 51 anos, ginecologista afastado do trabalho por causa do inquérito, aparece como suspeito de oito crimes. A acusação é de ter molestado pacientes durante exames de rotina. O caso mais recente ocorreu em 26 de junho e envolve o técnico de enfermagem Rafael Machado do Nascimento, 31. O profissional dopou uma paciente no centro cirúrgico e a atacou enquanto ela estava inconsciente. As denúncias contra os dois funcionários do hospital não têm relação, segundo a polícia.

Laudo atesta que 'a amostra biológica coletada de Rafael Machado do Nascimento é idêntica' àquela retirada do corpo da vítima (Reprodução)
Laudo atesta que "a amostra biológica coletada de Rafael Machado do Nascimento é idêntica" àquela retirada do corpo da vítima

O delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Miguel Lucena, indiciou os dois funcionários, mas, por enquanto, somente Rafael está preso. A polícia conseguiu colocar o técnico na cadeia depois de receber o laudo da Divisão de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil. De acordo com o documento, “a amostra biológica coletada de Rafael Machado do Nascimento é idêntica ao perfil genético de origem masculina identificado na amostra” da vítima.

Os investigadores prenderam o técnico de enfermagem do por volta das 22h30 de segunda-feira, quando ele chegava à unidade do Paranoá. Rafael atua há 10 anos na área e prestava serviço no hospital como concursado desde 2009. Ele trabalhou ainda em outras seis instituições de saúde do Distrito Federal, entre públicas e particulares. Mesmo diante das evidências, ele negou o crime e disse apenas aguardar o resultado das investigações. “Deus fará justiça”, disse. Ele admitiu ter trabalhado no centro cirúrgico na noite do crime, mas negou contato com a vítima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário