Acusados de matar, comer e vender carne humana
Um
trio acusado matar, esquartejar e comer partes dos corpos de pelo menos
três mulheres foi preso pela Polícia Civil de Garanhuns, cidade do
interior de Pernambuco. Os crimes foram confirmados pelos acusados Jorge
Negromonte da Silveira de 51 anos de idade, Isabel Terreão de 51 anos
de idade e Bruna Cristina Oliveira de 25 anos.
Segundo os
agentes do 2º DP, responsável pela prisão, as investigações começaram
após o desaparecimento de uma jovem chamada Gisele, em fevereiro de
2007. Após pouco tempo outra jovem foi considerada desaparecida pela
família, mas para os investigadores os casos pareciam não ter ligações.
Porém, nos
últimos meses a família de Gisele apresentou à polícia uma fatura de um
cartão de crédito da vítima. Na conta, constavam compras recentes em
vários estabelecimentos. Foi quando a polícia, com as imagens das
câmeras de segurança das lojas, fez o reconhecimento do trio.
As vítimas
eram atraídas por uma falsa proposta de emprego de babá já que o casal,
Jorge e Isabel, criava uma menina de 5 anos. Ao chegar ao local, a
candidata era abordada e morta pelo grupo.
Os
acusados revelaram ainda que a criança é filha de uma vítima anterior,
Jéssica Camila, morta em 2008 em Rio Doce, Olinda. A terceira acusada
Bruna Cristina era amante de Jorge e ajudava nas atividades da casa.
O grupo
negou qualquer envolvimento com as vítimas. Porém, durante depoimento
realizado separadamente na delegacia, Isabel confessou que eles são
membros de uma seita e realizavam constantes atos de "purificação da
alma".
Isabel
explicou ainda que a vítima era morta e logo tinha a pele arracanda por
Jorge, que chegou a registrar os assassinatos em um livro de cordel
chamado "Revelações de um esquizofrênico".
Bruna
também tinha um diário e relatava as mortes como "missões realizadas com
sucesso" no processo de purificação da cidade. Entre os três, Bruna
seria a que mais gostava de comer a carne das vítimas.
De acordo
com a polícia, os acusados podem responder por pelo menos oito
assassinatos, que teriam sido cometidos no intervalo de sete anos.
Isabel era conhecida na cidade por vender salgados e empadas.
Aos
investigadores, ela chegou a assumir que "só colocava alguns pedacinhos"
de carne humana nas empadas e as vendia no pronto-socorro e órgãos
públicos da região - assim como na própria delegacia.
Revoltados
com as acusações, moradores do bairro Jardim Petrópolis incendiaram a
residência dos presos. O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local para
conter as chamas durante a madrugada.
Ninguém
ficou ferido. "Eles podem ter pensado que ajudaria a polícia destruindo a
casa deles. Mas acabaram favorecendo os próprios assassinos.
Acreditamos que vestígios de outros crimes poderiam ser encontrados".
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