Policiais militares decretaram greve por tempo indeterminado na Bahia. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira após assembleia de uma das nove associações que representam a categoria. O governo não reconhece o movimento.
A paralisação, por tempo indeterminado, ocorre a menos de duas semanas do Carnaval de Salvador, a principal festa popular da Bahia. O governador Jaques Wagner (PT) acompanha a presidente Dilma Rousseff em viagem a Cuba.
Segundo o sargento Fabio Britto, diretor da Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia, 10 mil pessoas apoiaram a greve na assembleia, que, segundo ele, só será encerrada quando o governo incorporar a gratificação por atividade policial aos salários.
"Queremos apenas que o governador Jaques Wagner cumpra a lei. A população sofre e a gente teme o que pode acontecer, mas o governo se recusa a negociar", disse Britto.
O Comando Geral da Polícia Militar diz que a associação que decretou a greve representa somente 600 policiais de um contingente de 32.000 servidores da corporação na ativa.
"É um pequeno segmento e a gente ainda não conseguiu visualizar essa greve. Só agora é que estão apresentando as propostas", disse o coronel Gilson Santiago, diretor de comunicação da PM.
A associação diz que tem 2.000 filiados, mas que o movimento ganhou adesões fora da entidade.
Segundo a PM, o policiamento nas ruas e o funcionamentos dos quarteis é normal.
O grupo que decretou greve deverá ser recebido por algum representante do governo e da Assembleia Legislativa ainda nesta noite.
REIVINDICAÇÃO
O soldo básico de um soldado é de R$ 580 e a gratificação eleva a remuneração para R$ 2.300 mensais, segundo a associação.
Se fosse incorporada a gratificação, segundo a entidade, os policiais receberiam cerca de R$ 1.000 a mais por mês porque outros adicionais incidiriam sobre uma base maior.
O governo alega que não foi comunicado da pauta de reivindicação.
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