O Recôncavo Baiano constitui-se como uma importante Rota Afro Brasileira, onde os negros ficaram alojados ainda na condição de escravos e instalaram com sua força de trabalho e talentos a indústria de cana-de-açúcar e diversos parques arquitetônicos de grande valor histórico e cultural. Neste espaço territorial, os negros participaram de importantes lutas que desencadearam na Independência da Bahia e deixaram significativos legados culturais como a Viola Machete e o Samba Chula, que deram origem ao samba brasileiro.
A região do Recôncavo é também conhecida por seu artesanato, pela renda de Saubara, as esculturas de Cachoeira, a Casa do Samba em Santo Amaro e a família Veloso que deu origem ao Tropicalismo no Brasil.
Tão importante quanto as outras cidades, São Francisco do Conde
exibe um grande potencial cultural traduzido em manifestações como o Samba Chula, as Paparutas da Ilha do Paty, o Lindroamor e o calendário de festas que começa em setembro e só termina em fevereiro com o Carnaval Cultural.
O destaque desse evento vai para o Capabode, que traz um importante legado dos negros que fugiam mascarados para os quilombos e esconderijos da região.
O Negro Fugido, a Barquinha, a Irmandade da Boa Morte são outros exemplos das heranças deixadas.
As heranças religiosas promovidas pelo sincretismo entre o catolicismo e as religiões de matrizes africanas complementam o riquíssimo cenário natural em que foi esculpido o município na Baía de Todos os Santos.
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