MAIRI RUAS A VÁRIOS DIAS SEM AGUA ATÉ MESMO PARA HIGIENE CORPORAL
Diversas ruas da cidade de Mairi estão á vários dias sem agua, por outro lado a Embasa tem fornecido agua salgada e impropria para o consumo humano, descumprindo o que estabelece a portaria 518 do Ministério da Saude.
Por outro lado nos deparamos tambem com a omissão da Secretaria Municipal de Saúde, que não cumpre a fiscalização da qualidade de agua como estabelece a referida Portaria.
Verifiquem o que preconiza a portaria e vejam o descaso da embasa para com os Mairienses, é obrigação sim da embasa fornecer agua potável e não cobrar tão caro para fornecer uma agua salgada impropria para o consumo humano.
Vamos pressionar na proxima sessão a Camara de Vereadores, para que acionem o Ministério Público para que a Embasa cumpra o disposto na Portaria 518, e tambem solicitar explicações relativo a falta de fiscalização da Secretaria Municipal de Saúde.
Está na hora de exigir nosso direito de consumidor e exigir agua de boa qualidade e propria para o consumo humano
PORTARIA Nº 518/GM Em 25 de março de
2004.
Estabelece os procedimentos e responsabilidades
relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, no uso de
suas atribuições e considerando o disposto no Art. 2º do Decreto nº
79.367, de 9 de março de 1977,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano, na
forma do Anexo desta Portaria, de uso obrigatório em todo território nacional.
Art. 2º Fica estabelecido o prazo máximo de 12 meses, contados a partir
da publicação desta Portaria, para que as instituições ou órgãos aos quais esta
Norma se aplica, promovam as adequações necessárias a seu cumprimento, no que se
refere ao tratamento por filtração de água para consumo humano suprida por
manancial superficial e distribuída por meio de canalização e da obrigação do
monitoramento de cianobactérias e cianotoxinas.
Art. 3º É de responsabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal a adoção das medidas necessárias para o fiel cumprimento desta
Portaria.
Art. 4º O Ministério da Saúde promoverá,
por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS, a revisão da Norma de
Qualidade da Água para Consumo Humano estabelecida nesta Portaria, no prazo de 5
anos ou a qualquer tempo, mediante solicitação devidamente justificada de órgãos
governamentais ou não governamentais de reconhecida capacidade técnica nos
setores objeto desta regulamentação.
Art. 5º Fica delegada competência ao
Secretário de Vigilância em Saúde para editar, quando necessário, normas
regulamentadoras desta Portaria.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 7º Fica revogada a Portaria nº
1469, de 29 de dezembro de 2000, publicada no DOU nº 1-E de 2 de janeiro
de 2001 , Seção 1, página nº 19.
GASTÃO WAGNER DE SOUSA CAMPOS
NORMA DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Norma dispõe sobre
procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da
qualidade da água para consumo humano, estabelece seu padrão de potabilidade e
dá outras providências.
Art. 2º Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão
de potabilidade e está sujeita à vigilância da qualidade da água.
Art. 3º Esta Norma não se aplica às águas envasadas e a outras, cujos
usos e padrões de qualidade são estabelecidos em legislação específica.
Capítulo II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as
seguintes definições:
I - água potável
– água
para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e
radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;
II - sistema de abastecimento de água para consumo humano –
instalação composta por
conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à
produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a
responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de concessão
ou permissão;
III - solução alternativa de
abastecimento de água para consumo humano – toda
modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema de
abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte, poço comunitário,
distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontal e
vertical;
IV - controle da qualidade
da água para consumo humano – conjunto
de atividades exercidas de forma contínua pelos responsáveis pela operação de
sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a verificar
se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção desta
condição;
V - vigilância da qualidade
da água para consumo humano – conjunto
de ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública, para
verificar se a água consumida pela população atende à esta Norma e para avaliar
os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água
representam para a saúde humana;
VI -
coliformes totais (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos,
aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos,
oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou
agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído
a 35,0 ± 0,5oC em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da
enzima ß -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos
gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários
outros gêneros e espécies pertençam ao grupo;
VII -
coliformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que
fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas; tendo como principal
representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal;
VIII -
Escherichia Coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol,
com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas, produz indol
a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidroliza a uréia e apresenta
atividade das enzimas ß galactosidase e ß glucoronidase, sendo considerada o
mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença
de organismos patogênicos;
IX - contagem
de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de bactérias que são
capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de
compostos orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições
pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5oC por 48 horas;
X -
cianobactérias - microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados
como cianofíceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer manancial
superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio
e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos à saúde; e
XI -
cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos
adversos à saúde por ingestão oral, incluindo:
a)
microcistinas - hepatotoxinas heptapeptídicas cíclicas produzidas por
cianobactérias, com efeito potente de inibição de proteínas fosfatases dos tipos
1 e 2A e promotoras de tumores;
b)
cilindrospermopsina - alcalóide guanidínico cíclico produzido por cianobactérias,
inibidor de síntese protéica, predominantemente hepatotóxico, apresentando
também efeitos citotóxicos nos rins, baço, coração e outros órgãos; e
c) saxitoxinas
- grupo de alcalóides carbamatos neurotóxicos produzido por cianobactérias, não
sulfatados (saxitoxinas) ou sulfatados (goniautoxinas e C-toxinas) e derivados
decarbamil, apresentando efeitos de inibição da condução nervosa por bloqueio
dos canais de sódio.
Capítulo III
DOS DEVERES E
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Nível Federal
Art. 5º São deveres e obrigações do Ministério da Saúde, por intermédio
da Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS:
I. - promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em articulação com
as Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal e com os responsáveis
pelo controle de qualidade da água, nos termos da legislação que regulamenta o
SUS;
II - estabelecer as referências laboratoriais
nacionais e regionais, para dar suporte às ações de maior complexidade na
vigilância da qualidade da água para consumo humano;
III - aprovar e registrar as metodologias não
contempladas nas referências citadas no artigo 17 desta Norma;
IV - definir diretrizes específicas para o estabelecimento de um plano de
amostragem a ser implementado pelos Estados, Distrito Federal ou Municípios, no
exercício das atividades de vigilância da qualidade da água, no âmbito do
Sistema Único de Saúde – SUS; e
V - executar ações de vigilância da qualidade da
água, de forma complementar, em caráter excepcional, quando constatada,
tecnicamente, insuficiência da ação estadual, nos termos da regulamentação do
SUS.
Seção II
Do Nível Estadual e Distrito Federal
Art. 6º São deveres e obrigações das Secretarias de Saúde dos Estados e
do Distrito Federal:
I
- promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água em sua área de
competência, em articulação com o nível municipal e os responsáveis pelo
controle de qualidade da água, nos termos da legislação que regulamenta o SUS;
II - garantir, nas atividades de vigilância da qualidade da água, a
implementação de um plano de amostragem pelos municípios, observadas as
diretrizes específicas a serem elaboradas pela SVS/MS;
III - estabelecer as referências laboratoriais
estaduais e do Distrito Federal para dar suporte às ações de vigilância da
qualidade da água para consumo humano; e
IV - executar ações de vigilância da qualidade da
água, de forma complementar, em caráter excepcional, quando constatada,
tecnicamente, insuficiência da ação municipal, nos termos da regulamentação do
SUS.
Seção III
Do Nível Municipal
Art. 7º São deveres e obrigações das Secretarias Municipais de Saúde:
I
- exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em
articulação com os responsáveis pelo controle de qualidade da água, de acordo
com as diretrizes do SUS;
II - sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsável pela operação
do sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, assim como, pelos
órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, em relação às características
da água nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade do abastecimento de
água quanto aos riscos à saúde da população;
III - estabelecer as referências laboratoriais municipais para dar suporte às
ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano;
IV - efetuar, sistemática e permanentemente,
avaliação de risco à saúde humana de cada sistema de abastecimento ou solução
alternativa, por meio de informações sobre:
a) a ocupação da bacia contribuinte ao manancial e
o histórico das características de suas águas;
b) as
características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de controle da
qualidade da água;
c) o histórico
da qualidade da água produzida e distribuída; e
d) a associação entre agravos à saúde e situações
de vulnerabilidade do sistema.
V - auditar o controle da qualidade da água
produzida e distribuída e as práticas operacionais adotadas;
VI - garantir à população informações sobre a
qualidade da água e riscos à saúde associados, nos termos do inciso VI do artigo
9 desta Norma;
VII - manter registros atualizados sobre as características da água distribuída,
sistematizados de forma compreensível à população e disponibilizados para pronto
acesso e consulta pública;
VIII - manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às
características da água e para a adoção das providências pertinentes;
IX - informar ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano sobre
anomalias e não conformidades detectadas, exigindo as providências para as
correções que se fizerem necessárias;
X - aprovar o plano de amostragem apresentado pelos
responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água, que deve respeitar os planos mínimos de
amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9;
XI - implementar um plano próprio de amostragem de vigilância da qualidade da
água, consoante diretrizes específicas elaboradas pela SVS; e
XII - definir o responsável pelo controle da qualidade da água de solução
alternativa.
Seção IV
Do Responsável pela Operação de Sistema e/ou
Solução Alternativa
Art. 8º Cabe aos responsáveis pela operação de sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água, exercer o controle da qualidade da água.
Parágrafo único. Em caso de administração, em regime de concessão ou permissão
do sistema de abastecimento de água, é a concessionária ou a permissionária a
responsável pelo controle da qualidade da água.
Art. 9º Aos responsáveis pela operação de sistema de abastecimento de
água incumbe:
I - operar e manter sistema de abastecimento
de água potável para
a população consumidora, em conformidade com as normas técnicas aplicáveis
publicadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e com outras
normas e legislações pertinentes;
II - manter e controlar a qualidade da água
produzida e distribuída, por meio de:
a) controle operacional das unidades de captação,
adução, tratamento, reservação e distribuição;
b) exigência do controle de qualidade, por parte
dos fabricantes de produtos químicos utilizados no tratamento da água e de
materiais empregados na produção e distribuição que tenham contato com a água;
c) capacitação e atualização técnica dos
profissionais encarregados da operação do sistema e do controle da qualidade da
água; e
d) análises laboratoriais da água, em amostras
provenientes das diversas partes que compõem o sistema de abastecimento.
III - manter avaliação sistemática do sistema de
abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base na
ocupação da bacia contribuinte ao manancial, no histórico das características de
suas águas, nas características físicas do sistema, nas práticas operacionais e
na qualidade da água distribuída;
IV -
encaminhar à autoridade de saúde pública, para fins de comprovação do
atendimento a esta Norma, relatórios mensais com informações sobre o controle da
qualidade da água, segundo modelo estabelecido pela referida autoridade;
V
- promover, em conjunto com os órgãos ambientais e gestores de recursos
hídricos, as ações cabíveis para a proteção do manancial de abastecimento e de
sua bacia contribuinte, assim como efetuar controle das características das suas
águas, nos termos do artigo 19 desta Norma, notificando imediatamente a
autoridade de saúde pública sempre que houver indícios de risco à saúde ou
sempre que amostras coletadas apresentarem resultados em desacordo com os
limites ou condições da respectiva classe de enquadramento, conforme definido na
legislação específica vigente;
VI - fornecer a todos os consumidores, nos termos do Código de Defesa do
Consumidor, informações sobre a qualidade da água distribuída, mediante envio de
relatório, dentre outros mecanismos,
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