Nova técnica usa o hálito para diagnosticar
doenças cardíacas
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A nova técnica pretende facilitar o diagnóstico principalmente em postos de atendimento que não são especializados em doenças do coração. |
Uma técnica desenvolvida por
pesquisadores do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, faz o
diagnóstico de insuficiência cardíaca de forma rápida, precisa e mais barata,
por meio, apenas, do sopro. O exame é feito com um pequeno aparelho que mede o
nível de acetona (substância de cheiro forte, produzida durante os processos de
metabolismo do corpo) presente no ar expelido pelo paciente. Quanto maior o
nível, mais elevado é o estágio da doença.
A nova técnica pretende facilitar o diagnóstico principalmente em postos de atendimento que não são especializados em doenças do coração. Atualmente, a constatação da insuficiência é feita por um exame de sangue, que verifica a presença de uma substância chamada bnt. “O novo exame é tão preciso quanto o atual, pois observamos que o nível da acetona no ar exalado cresce de maneira proporcional ao nível do biomarcador bnt no sangue.
Além disso, o novo exame custará cerca de 30% do valor cobrado na análise do sangue. “O exame de sangue custa mais de R$ 100. A troca vai reduzir custo para o pacientes e até para o SUS (Sistema Único de Saúde).
A insuficiência cardíaca é a etapa final de uma série de doenças que atingem o coração, como miocardites, doença de chagas, infartos. O órgão fica debilitado e passa a bombear o sangue com menos força. Isso causa retenção de líquidos, inchaços, acumulo de água no pulmão e principalmente falta de ar e cansaço excessivo aos esforços. Cerca de 10% dos pacientes que atingem esse nível da doença necessitam de transplante e aproximadamente 50% correm o risco de morrer.
O médico disse que o estudo dessa nova técnica surgiu quando se observou que os pacientes em fase avançada da doença exalavam um forte cheiro pela boca ao falar. O hálito deles tem um odor peculiar, que chamou a atenção. A pesquisa investigou qual era esse elemento que causava o cheiro e identificou a acetona como um novo biomarcador da doença, capaz de confirmar a insuficiência cardíaca.
A acetona não é produzida no dia a dia. Quando acontece é porque há alguma agressão. O corpo a produz para se sustentar e fazer energia de alguma maneira.
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